Sábado, 12 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 12 de julho de 2025
A grande decisão do Mundial de Clubes da Fifa promete não apenas um duelo técnico entre dois dos elencos mais poderosos da atualidade, mas também um confronto de filosofias e investimentos no futebol europeu.
Neste domingo (13), às 16h, PSG e Chelsea se enfrentam pela taça, cada um representando um modelo de gestão bilionária — com abordagens distintas no mercado de contratações.
Desde 2011, o Paris Saint-Germain é controlado pelo fundo de investimento do governo do Catar, que promoveu uma revolução no clube com contratações de peso e visibilidade global.
No entanto, sob o comando de Luis Enrique, o PSG passou por uma mudança na estratégia e deixou de investir em superestrelas midiáticas como Neymar e Mbappé, apostando agora em peças técnicas e jovens com perfil tático mais adequado ao estilo do treinador. Ainda assim, os gastos continuam expressivos: apenas nos últimos cinco anos, foram 932,4 milhões de euros investidos — cerca de R$ 5,16 bilhões.
Do outro lado, o Chelsea se consolidou como o clube mais gastador do planeta desde que Todd Boehly assumiu o controle em 2022. A gestão norte-americana levou os Blues a uma série de recordes no mercado — o maior deles, na atual janela de transferências, com 1,5 bilhão de euros investidos (R$ 9,7 bilhões).
Entre os jogadores contratados nesse ciclo estão os brasileiros Estêvão e João Pedro, além de nomes como Enzo Fernández (121 milhões de euros), Moisés Caicedo (116 milhões) e Romelu Lukaku (113 milhões).
Somando os últimos cinco anos, o Chelsea desembolsou 1,73 bilhão de euros para formar seu elenco — o equivalente a R$ 9,77 bilhões, segundo levantamento da plataforma Site de Apostas. A pesquisa considerou os valores das janelas europeias fechadas em julho entre 2021 e 2025, mês tradicional para as grandes movimentações do verão europeu.
Enquanto o Chelsea aposta em compra agressiva e rejuvenescimento imediato do elenco, o PSG recorre à reformulação gradual, focando na longevidade de seu projeto e na adequação técnica ao comando de Luis Enrique.
Na temporada passada, os franceses reforçaram o elenco com Vitinha, Nuno Mendes e Fabian Ruiz, mantendo um núcleo de jogadores do ciclo anterior — e encerrando a era dos galácticos com a saída de Messi e Neymar.
O resultado desses investimentos será visto em campo neste domingo, em uma final que promete ser histórica, não apenas pelo peso dos elencos, mas pelos bastidores financeiros que sustentam cada uma das camisas. É muito mais que um título: é a disputa de poder, projeto e protagonismo global no futebol moderno.