Por Redação do Jornal O Sul | 10 de maio de 2025
Localizado na antiga sede da prefeitura de Porto Alegre (Centro Históricio), o Museu de Arte do Paço Municipal abrirá às 9h desta terça-feira (13) a exposição “Superação e Solidariedade”, com fotografias sobre a enchente histórica de maio do ano passado na capital gaúcha. A mostra prosseguirá até 11 de julho, com visitação gratuita de segunda a sexta (9h-17h).
Em foco – literalmente – estão 48 imagens do impacto da catástrofe climática que atingiu cerca de 30% do mapa da cidade, bem como o heroísmo de servidores municipais, voluntários e agentes das forças de segurança e salvamento que atuaram nos trabalhos de resgate e abrigo, dentre outras ações na linha de frente.
As fotos ocupam três salas no primeiro andar do Museu e têm as assinaturas de vários profissionais da atividade ligados à prefeitura ou veículos da imprensa, ressaltando que a maior tragédia já ocorrida no Rio Grande do Sul foi também a mais bem documentada.
– Na primeira sala estão registros relativos às inundações da capital gaúcha no ano passado.
– A segunda sala destaca imagens da enchente de 1941 e da recente missão oficial à Holanda, onde representantes dos governos municipal e estadual conheceram estratégias de prevenção e combate a enchentes.
– Já a terceira sala abriga uma projeção em vídeo sobre 2024, além de três imagens de satélite da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) e sete fotos históricas pertencentes ao Acervo do Museu Joaquim José Felizardo.
Em livro, a reconstrução do RS
Com apoio do governo do Estado, o veterano jornalista, fotógrafo e editor gaúcho Leonid Streliaev, 76 anos, está lançando o livro “Nasce um Novo Rio Grande do Sul”, com imagens e textos sobre o processo de reconstrução do Estado após as enchentes de um ano atrás. A curadoria editorial é de seu colega de profissão Tulio Milman.
O autor define a publicação como uma amostra da diversidade que caracteriza o Estado, ao reunir imagens e depoimentos do cotidiano gaúcho: “A determinação permanece firme na alma dos gaúchos. Retratamos um Rio Grande do Sul que olha para frente, buscando sempre a perspectiva de crescimento social, econômico, cultural e humano”.
A publicação já está disponível nas livrarias e também pode ser adquirida por meio do whatsapp. O número é (54) 99943-6740.
Conteúdo
A obra reúne imagens que retratam a retomada do Estado e depoimentos de instituições públicas, agentes culturais e empresários que contribuíram para a reconstrução do Rio Grande do Sul. O volume apresenta dois textos do governo do Estado: um na “orelha”, produzido pela Secretaria de Comunicação (Secom), e outro no prefácio, escrito pelo governador e intitulado “Um Estado para sonhar, realizar e prosperar”.
Na “orelha”, o texto apresenta o Rio Grande do Sul e sua relevância em diversas áreas, como na inovação, economia, cultura, turismo e gastronomia. Também enfoca o Plano Rio Grande e o Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, que estão propiciando investimentos estratégicos e preparando o Estado para desafios futuros.
No prefácio, o governador destaca que o Estado está se reerguendo após os desafios enfrentados no ano passado e ressalta que as adversidades têm servido de estímulo para novos avanços:
“Tudo o que vivemos em 2024 agora é propulsão para um novo tempo, em que a esperança se fortalece na certeza de um futuro melhor. Esta obra é um testemunho desse momento histórico dos gaúchos. Somos convidados a enxergar, em imagens, a força de um povo que não se curva às adversidades. Cada fotografia captura a esperança e a reconstrução. O futuro do Rio Grande do Sul está sendo escrito agora. E ele será ainda mais grandioso porque foi construído sobre a coragem de quem jamais desiste”.
Leite aborda, ainda, o nascimento do Plano Rio Grande, que visa não apenas refazer o que foi destruído, mas construir um Estado mais forte e resiliente, e do Plano de Desenvolvimento Econômico, Inclusivo e Sustentável, o qual traça estratégias para tornar o Rio Grande do Sul um polo atrativo para investimentos, gerando emprego, renda e qualidade de vida para a população.
“As novas estruturas que emergem desse período de reconstrução são mais robustas, planejadas para resistir a eventos climáticos extremos. Cada tijolo assentado, cada ponte refeita, cada lar reconstruído simboliza a determinação de um povo que não se entrega e que encontra na adversidade um estímulo para evoluir”, pontua.
(Marcello Campos)
