Sábado, 27 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 27 de setembro de 2025
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, negou neste sábado (27), durante a Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que seu país tenha envolvimento na onda de drones que têm sobrevoado aeroportos e bases militares de países da Otan em países da Europa.
Os países europeus têm responsabilizado a Rússia pelo que chama de “ataque híbrido”. “A Rússia está sendo acusada de quase planejar um ataque à Aliança do Atlântico Norte (Otan) e aos países da União Europeia. O presidente Putin tem repetidamente desmentido essas provocações”, disse ele à Assembleia Geral das Nações Unidas.
Lavrov falou a um plenário mais esvaziada que o normal, mas com mais delegações que as que acompanharam a fala do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, na sexta-feira (26).
O chanceler substituiu o presidente russo, Vladimir Putin, que é alvo de um mandado de prisão internacional — apesar de os Estados Unidos não serem signatários do Tribunal Penal Internacional, que emitiu o mandado, ele teria de sobrevoar países que fazer parte da Corte.
No discurso, Lavrov afirmou também que “‘qualquer agressão contra meu país será recebida com uma resposta decisiva”. Ele se referia a ameaças da Otan de que podem responder a invasões de espaço aéreo par parte da Rússia que países da Europa têm relatado estar sofrendo.
Em um novo episódio da “crise dos drones” que vem escalando na Europa nas últimas semanas, novas aeronaves não tripuladas de origem desconhecida foram avistadas na noite de sexta-feira (26) sobre a maior base militar da Dinamarca, informou a polícia local neste sábado (27).
O episódio é o mais recente de uma série de sobrevoos de aeronaves do tipo nos céus da Dinamarca e de países da Europa nos últimos dias, que levantaram suspeitas de uma ofensiva coordenada. Os governos locais falam de um “ataque híbrido” da Rússia, que nega.
Ministros da Defesa de países do leste europeu concordaram, na sexta-feira (26), que a criação de um “muro antidrones”, com capacidades avançadas de rastreamento e interceptação dos equipamentos, é uma prioridade para o bloco.