Sexta-feira, 18 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 17 de julho de 2025
Se você estiver planejando trocar de celular e o modelo desejado for um iPhone, a recomendação neste período do ano é simples: respire fundo e aguarde. Há bons motivos para adiar essa compra.
A Apple costuma revelar sua nova geração de smartphones entre o fim de agosto e a primeira quinzena de setembro. Esse lançamento anual sempre provoca um efeito em cascata nos preços: assim que o novo modelo é anunciado, os anteriores geralmente ficam mais baratos – às vezes já no mesmo dia.
Se a lógica dos últimos anos se repetir, o iPhone 17 deve ser anunciado na segunda semana de setembro. Com isso, o iPhone 16, lançado em 2024, provavelmente terá uma queda de preço imediata, seguindo o padrão de cerca de US$ 100 de desconto que a Apple costuma aplicar em modelos anteriores. O varejo, no entanto, pode ter descontos ainda melhores.
Além do impacto nos preços, o iPhone 17 deve trazer mudanças visuais e funcionais. Rumores indicam que a nova linha virá com ajustes no design, câmeras redesenhadas, novas cores e o iOS 26, um sistema com visual reformulado, considerado o maior redesign do iOS em mais de dez anos. Nada revolucionário, mas o suficiente para tornar os modelos atuais menos atraentes.
Um fator de incerteza que pode pesar no bolso é a política comercial do presidente Donald Trump. Embora smartphones e computadores tenham sido inicialmente isentos das tarifas mais amplas propostas por seu governo, ele declarou recentemente que a Apple deverá pagar uma taxa de 25% sobre iPhones fabricados fora dos Estados Unidos. Como a produção dos aparelhos ocorre majoritariamente na Ásia, essa tarifa (se confirmada) deve provocar um aumento de preços global. E no Brasil, onde o câmbio e a carga tributária já encarecem os produtos importados, o impacto tende a ser ainda mais significativo.
Com a nova alíquota de 25%, o custo dos iPhones no mercado americano pode subir tanto que comprar um iPhone no Brasil pode sair mais barato do que trazer um de fora. Especialistas apontam que, no curto prazo, os preços praticados no Brasil não devem sofrer alterações, já que a Apple precifica seus produtos com base em projeções de câmbio e margem global. Ainda assim, a recomendação é cautela: com as tensões comerciais em alta, novas mudanças podem acontecer até o lançamento da próxima geração.
Outro bom motivo para adiar a compra é o calendário promocional. Com a chegada da Black Friday em 28 de novembro, varejistas brasileiros devem fazer liquidações agressivas para escoar os estoques de iPhones 15 e 16. Para quem busca um modelo recente, mas não necessariamente o mais novo, essa pode ser a melhor oportunidade do ano.
Até mesmo o iPhone 16e, lançado no início de 2025 com foco em custo-benefício, pode ter quedas pontuais nos preços nos próximos meses. Ele ainda deve permanecer no catálogo por um bom tempo, mas com as promoções de fim de ano, o valor pode ser mais vantajoso.
Operadoras de telefonia também costumam entrar no jogo. Assim que a nova geração chega, é comum surgirem pacotes com bônus de troca, descontos vinculados a planos e ofertas relâmpago para quem migrar de operadora. Ou seja: esperar pode significar acesso a condições muito mais favoráveis.