Quarta-feira, 10 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 9 de dezembro de 2025
O presidente do PT, Edinho Silva, afirmou nessa terça-feira (9) que não dá para levar a sério a candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República em 2026.
Após afirmar ter sido escolhido pelo pai, Jair Bolsonaro, para ser o candidato do PL à Presidência da República em 2026, Flávio Bolsonaro declarou no último sábado (6) que teria “um preço” para deixar a candidatura.
Já nessa terça-feira (9), o senador afirmou que sua candidatura é “irreversível” e que não pretende voltar atrás na decisão de concorrer à Presidência da República em 2026.
“Ninguém se lança candidato um dia e no outro dia abre pra negociação. Eu nunca vi isso na minha vida. Tenho 40 anos de militância política e nunca vi isso na minha vida. Não dá pra levar a sério”, disse Edinho Silva durante um café com jornalistas, em Brasília.
“Não sou eu que não levo a sério, ninguém vai levar a sério. Anuncia a candidatura e no outro dia fala que está negociando. Até no processo de negociação ele está errando. Deixa pra dizer isso lá na frente. Nem quem quer negociar vai levar a sério”, completou o presidente do PT.
Lula
Edinho confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai disputar a reeleição no ano que vem para um quarto mandato como chefe de Estado e que a principal missão do partido será reeleger Lula.
“A reeleição do presidente Lula no Brasil não só é importante para que a gente continue construindo as políticas públicas, continue reorganizando as políticas públicas no Brasil, mas também para que a gente tenha uma agenda de futuro mais de legado e mais progressista”, disse.
“Não importa muito se o adversário vai ser Flávio ou vai ser outro. A prioridade maior do nosso lado é mostrar o que o presidente Lula tem feito, é mostrar as entregas do presidente Lula. É o nosso principal objetivo”, acrescentou.
Edinho Silva também disse que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, “vai ocupar o espaço que quiser na política nacional”.
“Alckmin, na minha opinião, não é posição do PT, será o que ele quiser ser. O vice-presidente, Geraldo Alckmin, na minha avaliação é hoje uma liderança nacional de primeira linha no Brasil É um líder que nos orgulha muito, cumpriu papel brilhante nesse projeto de desenvolvimento de reindustrialização do Brasil. Tem sido extremamente correto e leal”, afirmou.
“Então, eu acho que se ele quiser continuar vice-presidente, será, se ele quiser cumprir outra missão nas eleições de 26, vai depender muito do que ele quiser, qual papel vai querer cumprir”, emendou
Edinho Silva deu a declaração ao ser questionado sobre quem será o candidato do partido para governador de São Paulo. O presidente do PT afirmou que Alckmin é um nome cogitado para disputar o cargo, caso ele queira, e que também defende uma conversa com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o assunto.
Haddad
Edinho disse considerar Haddad o principal líder, atualmente, após Lula. “Hoje, o maior líder nacional que nós temos depois do presidente Lula é o Fernando Haddad. Ele disputou em 2018 e foi exposto nacionalmente, fez o debate nacional. Hoje ele é um líder nacional e ninguém tem dúvidas.
O presidente do PT também citou outras autoridades como “lideranças emergentes do PT”.
“O Camilo (Santana) é uma grande liderança ele só não é nacionalizado porque ele nunca foi exposto nacionalmente, mas no Ceará a aprovação do Camilo é espetacular. O Rafael (Fonteles) é um líder inquestionável no Piauí e na hora que for exposto nacionalmente vai ser um grande líder nacional.”
Ainda sobre a disputa para Presidência nas eleições do ano que vem, o presidente do PT afirmou que não sabe se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vai se lançar candidato à Presidência, mas que o governador faz questão de ocupar hoje o papel “líder do campo ultradireita”. “Ele faz questão de se caracterizar como o herdeiro da ultradireita”, afirmou.