Domingo, 19 de maio de 2024

“Não é um cenário que deva ter uma melhora nas condições de saúde”, diz ministra sobre situação no Rio Grande do Sul

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, acredita que a situação da saúde no Rio Grande do Sul por conta das enchentes que atingiram o Estado vão exigir atenção mesmo depois que a água baixar por conta de doenças, como leptospirose, e da necessidade de atendimentos de urgência, já que muitos hospitais deixaram de funcionar por conta das inundações.

“Nós podemos ter vários problemas de saúde pública na sequência, quando a água começa a baixar dada a esse total colapso na cidade. Então, é muito difícil fazer uma previsão, mas, certamente, não é um cenário que a gente deva ter uma melhora nas condições de saúde. E, certamente, não nos próximos dois meses é possível dizer isso. O que vai acontecer é que haverá melhora em alguns lugares mas não em outros e temos que estar atentos a cada realidade do Estado”, disse em entrevista à GloboNews.

Nesta terça (7), a ministra disse que o Ministério da Saúde vai publicar uma portaria com remessa imediata de recursos para a saúde no estado do Rio Grande do Sul. “Nós vamos hoje (terça) publicar uma portaria com a destinação de R$ 63 milhões com a destinação para custeio de ações emergenciais”, afirmou Nísia.

Nísia afirmou que há preocupação com a falta de hospitais que foram atingidos pelos alagamentos possa prejudicar pessoas que precisem de atendimento, de hospitalização e de cirurgias de emergência, hemodiálise e tratamentos oncológicos. “Estamos trabalhando em um plano junto com a Secretaria de Saúde do RS e municípios para cada local, porque as realidades vão ser diferentes no Estado. É um grande trabalho em uma calamidade. É um conjunto de ações neste cenário impreciso.”

A ministra ressaltou a importância do cuidado das pessoas que estão trabalhando nos resgates que estão em contato com a água da enchente, que pode estar contaminada. “Que usem botas, proteção, o que é muito importante para as equipes de resgate. Vamos ter que, ao longo de 30 dias, acompanhar sintomas das pessoas. Não se recomenda uso de antibioticos em massa. Mas quando a pessoa tem febre, dor lombar e dor na panturrilha, são alguns dos sintomas de leptospirose. Isso pode levar um tempo de até 30 dias. Então, tem que monitorar esses sinais.”

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul atualizou para 95 o número de mortos em razão dos temporais que atingem o Estado. O boletim divulgado na tarde dessa terça-feira ainda aponta que há outros 4 óbitos sendo investigados. O estado registra 131 desaparecidos e 372 feridos.

Há 207,8 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 48,8 mil em abrigos e 159 mil desalojados (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos).

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Rio Grande do Sul

RS recebe 100 agentes da Força de Segurança Nacional. Outros 300 policiais devem chegar nos próximos dias
Consulado Geral dos Estados Unidos em Porto Alegre suspende emissão de vistos até o dia 24 deste mês
Pode te interessar
Baixe o app da TV Pampa App Store Google Play