Sábado, 27 de setembro de 2025

“Não quero ser presidente, quero ser a primeira-dama”, diz Michelle Bolsonaro, dias após admitir possível candidatura

Dias após admitir pela primeira vez que poderia concorrer a algum cargo político em 2026, Michelle Bolsonaro (PL) voltou a defender neste sábado (27) que o marido, Jair Bolsonaro (PL), seja a opção nas urnas no próximo ano.

A ex-primeira-dama discursou a apoiadores durante evento do PL (Partido Liberal) Mulher em Ji-Paraná, em Rondônia, e reforçou o apoio ao ex-presidente, que está inelegível e, desde mês passado, cumpre prisão domiciliar em Brasília por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Vamos trabalhar para reeleger o nosso presidente Jair Messias Bolsonaro. Eu não quero ser presidente, não. Eu quero ser primeira-dama”, disse ela. No discurso, Michelle destacou que seu nome para a disputa de 2026 é Jair Bolsonaro, mas se colocou à disposição para representá-lo.

“Nós somos mulheres que acolhem, que alimentam, que ajudam, que cuidam e defendem os seus como leoa. Nós vamos defender a nossa família. O meu marido está dentro de casa, mas, se ele quiser, eu serei a voz dele nos quatro cantos dessa nação. Eu não vou baixar a minha cabeça diante dessa injustiça. E ajoelho todos os dias, e oro, e peço a Deus que eles venham receber tudo o que eles fizeram de mal contra pessoas inocentes”, afirmou.

No último dia 24, Michelle Bolsonaro concedeu entrevista ao jornal The Telegraph e prometeu “se levantar como uma leoa para defender nossos valores conservadores”. O diário ressaltou que a ex-primeira-dama se posicionou na entrevista “como potencial sucessora de seu marido” e “deu a entender” que estaria disposta a disputar a eleição presidencial do ano que vem.

Na entrevista, Michelle disse que a prioridade é cuidar de Jair Bolsonaro, diagnosticado recentemente com um câncer de pele, mas não descartou uma candidatura.

“Minha total atenção está voltada para cuidar das minhas filhas e do meu marido neste momento delicado, para que esta perseguição e humilhação que nos são infligidas como brasileiros conservadores não destruam minha família ou as famílias de tantos outros injustamente alvos desta perseguição covarde”, disse ela.

“Eu me levantarei como uma leoa para defender nossos valores conservadores, a verdade e a justiça. Se, para cumprir a vontade de Deus, for necessário assumir uma candidatura política, estarei pronta para fazer o que Ele me pedir”.

A entrevista foi publicada em um momento de indefinição sobre a liderança da direita após a prisão do ex-presidente. Michelle tem popularidade entre evangélicos e conservadores, mas outras lideranças se posicionam, à exemplo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem o apoio do Centrão.

Durante o evento no Paraná, segundo os jornais Metrópoles e Gazeta do Povo, Michelle Bolsonaro admitiu que o marido fez declarações infelizes, mas o defendeu como um político que “não rouba”.

“Meu marido era um diamante no Congresso, um brutão, que com o tempo foi lapidado, normal, tá certo! A gente tem que procurar evoluir sim, crescer, falou algumas coisas, talvez não tenha conseguido colocar as palavras certas, mas é um homem honesto que não rouba, não mete a mão em dinheiro de aposentado”, afirmou aos apoiadores. (Com informações de O Globo) 

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