Domingo, 06 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 6 de julho de 2025
A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, afirmou que o mercado internacional está se diversificando e que mais transações financeiras tem sido feitas nas moedas locais dos países.
Segundo ela, isso não significa uma “desdolarização” da economia ou a substituição do dólar como moeda-base do comércio global. “Não tem ninguém querendo assumir o lugar dos Estados Unidos”, disse a ex-presidente do Brasil durante entrevista coletiva no encerramento da décima Reunião Anual do Novo Banco do Desenvolvimento, que ocorreu no Rio de Janeiro no sábado (5).
Dilma foi questionada sobre as discussões entre os países do Brics para substituir o dólar como moeda principal. A possível medida foi criticada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fez ameaças de taxar em 100% as importações dos países do Brics que substituírem o dólar em transações comerciais.
“Claramente, não há nenhum sinal de desdolarização, não vejo. O que eu vejo é outra coisa, muitos países estão usando suas próprias moedas para o comércio”, disse Dilma. Segundo ela, o mercado tem buscado diversificação. Não deixou de ser dolarizado, mas está buscando também outros tipos de transação.
“Quem decide isso não é nenhum investidor externo, é o mercado. Quem está fazendo algumas movimentações é o mercado, é o mercado financeiro internacional. E, até onde eu saiba, o mercado financeiro internacional continua dolarizado”, afirmou.
Banco do Brics
Criado em 2015, o NDB, também conhecido como Banco do Brics, é uma instituição financeira multilateral de desenvolvimento criada para mobilizar recursos para financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento.
Os fundadores do Brics são os maiores depositantes de recursos do banco de fomento, mas fazer parte do grupo não garante acesso ao NDB.