Sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Netanyahu defende guerra em Gaza, fala contra Estado Palestino e acusa países de antissemitismo

Em um discurso desafiador na abertura dos debates desta sexta-feira, 26, na Assembleia-Geral da ONU, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, acusou os líderes que reconheceram o Estado palestino de antissemitismo e disse que os palestinos são contra a solução de dois Estados para dois povos.

O líder de Israel apontou que os israelenses “não cometerão suicídio nacional” ao permitir a criação de um Estado palestino. “Não permitiremos que nos enfiem um Estado terrorista goela abaixo”.

Para ele, os líderes de Reino Unido, França, Canadá e Austrália enviaram uma mensagem de que “assassinar judeus compensa” ao reconhecerem um Estado palestino em meio a guerra contra o grupo terrorista Hamas e menos de dois anos depois dos ataques terroristas do grupo, no dia 7 de outubro de 2023.

Netanyahu disse que conversou com os líderes que reconheceram o Estado e não acredita em uma possível reformulação da Autoridade Palestina, entidade que administra partes da Cisjordânia. O primeiro-ministro acusou a entidade de ser corrupta e antidemocrática, já que não tem eleições desde 2005. O líder israelense também disse que a Faixa de Gaza funcionava como um Estado palestino e seus líderes não fizeram nada para melhorar as relações com Israel.

Guerra de sete frentes

Netanyahu também descreveu os progressos israelenses na luta contra o grupo terrorista Hamas e o Eixo da Resistência do Irã. O líder israelense relembrou as operações que causaram as explosões de pagers e walkie-talkies de membros da milícia xiita Hezbollah em setembro de 2024 e os ataques contra as instalações nucleares de Teerã. Ele agradeceu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por seu apoio e os bombardeios conjuntos contra o Irã.

Além disso, o líder israelense disse que colocou alto-falantes perto da fronteira de Israel com a Faixa de Gaza para conversar com os reféns israelenses que estão em Gaza. Em hebraico, o primeiro-ministro enviou uma mensagem direta para os sequestrados e disse que Israel não irá esquecê-los. Ele leu o nome dos 20 reféns considerados vivos por Israel.

Netanyahu afirmou que suas palavras estavam sendo transmitidas ao vivo para os celulares dos moradores de Gaza, graças aos esforços da inteligência israelense e exigiu que o Hamas liberte os reféns. “Se o fizerem, viverão. Se não o fizerem, Israel os caçará”.

De acordo com o primeiro-ministro, se o Hamas concordar com as exigências de Tel-Aviv, incluindo a desmilitarização de Gaza, a guerra no território poderá terminar. O grupo terrorista rejeitou publicamente a exigência de Israel de desmilitarizar Gaza.

O primeiro-ministro também mencionou os ataques terroristas do Hamas no dia 7 de outubro de 2023 e colocou um broche em seu paletó com um QR Code que mostra os vídeos de câmeras de segurança de Israel naquele dia.

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