Segunda-feira, 23 de junho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 22 de junho de 2025
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, parabenizou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pelo ataque aéreo conduzido contra instalações nucleares do Irã. A ação foi confirmada por autoridades americanas e reconhecida pelo próprio regime iraniano, que relatou bombardeios em ao menos três complexos — Fordow, Natanz e Isfahan.
Em declaração gravada e publicada no X (ex-Twitter) na noite de sábado (21), Netanyahu afirmou que a ofensiva americana “vai mudar a história” e reforçou sua aliança com o presidente Trump, evocando o lema: “Peace through strength” (“Paz por meio da força”).
“Eles fizeram o que nenhum outro país no mundo poderia. A história se lembrará que o presidente Trump agiu para impedir que o regime mais perigoso do mundo obtivesse as armas mais perigosas do mundo”, pontuou o premiê.
A publicação foi acompanhada por um vídeo com a fala de Netanyahu, que elogiou a “coragem” de Trump diante do que chamou de ameaça existencial representada pelo Irã.
Aliado de republicano, Netanyahu disse que a postura do presidente norte-americano será decisiva para guiar o Oriente Médio a um futuro de prosperidade e paz.
Aliança estratégica
A declaração pública marca um alinhamento explícito entre Tel Aviv e Washington na atual fase do conflito. Desde o início das hostilidades, Israel vinha pressionando por uma resposta mais dura dos EUA — e o ataque direto às usinas iranianas pode ser interpretado como um ponto de inflexão.
A retórica de Netanyahu reforça a estratégia israelense de tentar dissuadir o Irã de avançar em seu programa nuclear por meio da intimidação militar.
O ataque americano foi confirmado por Trump em pronunciamento oficial no sábado à noite. Segundo o presidente dos EUA, a ação teve como objetivo “neutralizar capacidades críticas do programa nuclear iraniano” e “impedir que o regime avance em direção à bomba atômica”.
No pronunciamento na Casa Branca, o republicano disse ainda que “o alvo dessa noite foi o mais difícil e letal” e espera que não seja necessária novas ações do tipo. Por outro lado, ressaltou que se não houver paz, os EUA irão atrás de outros alvos.
“Irã, o bully do Oriente Médio, deve agora fazer a paz. Se isso não acontecer, ataques futuros serão muito maiores e mais fáceis”, indagou.
Saiba mais
No dia 12 de junho, Israel lançou o que chamou de “ataques preventivos” contra o Irã, alegando que um potencial ataque nuclear por parte do país persa se aproximava.
Os EUA estavam em negociações para retomar o acordo nuclear de que os iranianos se comprometeriam a desenvolver a energia atômica para fins pacíficos e não belicosos. Nos últimos meses, porém, as tratativas começaram a desandar
“Nosso objetivo era destruir a capacidade de enriquecimento do Irã e parar a ameaça nuclear em posse do Estado número 1 em patrocínio do terrorismo”, continuou Trump.
“Os ataques foram um sucesso militar espetacular. As instalações chave de enriquecimento do Irã foram completamente e totalmente obliteradas”, enfatizou.
Trump ainda saudou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e celebrou a aliança, dizendo que o trabalho unido dos dois é como nenhum outro.