Por Redação do Jornal O Sul | 11 de novembro de 2025
O Santos vive dias de tensão dentro e fora de campo. A derrota para o Flamengo, no último domingo (9), não apenas complicou a situação do clube na tabela do Brasileirão, como também expôs um desgaste interno envolvendo Neymar, capitão e principal estrela da equipe.
Segundo relatos de pessoas próximas ao elenco, o comportamento do jogador antes, durante e depois da partida irritou companheiros e dirigentes. A avaliação é de que Neymar expôs colegas ao ridículo em diversos momentos, sem contribuir para a reação do time em campo.
Internamente, a leitura é de que o camisa 10 transmite a imagem de que os demais jogadores não são capazes de ajudar o Santos a escapar da Série B. Apesar do incômodo, a diretoria não planeja punições, preferindo evitar conflitos e unir forças na reta final da competição.
Nos vestiários, Neymar pediu desculpas, especialmente por atingir alguns colegas ao chutar um copo d’água ao deixar o gramado. A irritação maior, segundo o próprio atleta, foi direcionada à arbitragem, alvo de críticas públicas ainda no intervalo da partida.
Ausência contra o Palmeiras: Seguindo recomendações médicas, Neymar não jogou e só se apresentou ao grupo no sábado, já no Rio de Janeiro.
Regalia autorizada: Enquanto o zagueiro Luan Peres viajou com o elenco, Neymar teve permissão para se juntar depois.
Em campo: Demonstrou irritação considerada “fora do comum”, reclamando de companheiros em diversos lances.
Cobranças: Criticou Barreal por não tocar a bola, Zé Ivaldo pelo erro no terceiro gol do Flamengo e até o técnico Juan Pablo Vojvoda, questionando a substituição.
Saída antecipada: Preferiu descer aos vestiários após ser substituído, sem acompanhar o restante da partida. Sem ele, o Santos marcou dois gols, mas não conseguiu empatar.
Neymar tem sido pouco presente no Brasileirão: disputou apenas 15 jogos e ficou fora de 17, deixando o Santos sem seu principal nome em mais da metade da competição.
No clube, há dois consensos: o craque pode render mais do que vem apresentando, mas o comportamento adotado no Maracanã atrapalhou mais do que ajudou.
Após o jogo, o atacante Guilherme, o diretor de futebol Alexandre Mattos e o técnico Vojvoda foram questionados pela imprensa sobre a postura de Neymar. Todos preferiram minimizar o episódio para evitar uma crise maior em um momento decisivo.
Com seis partidas restantes, o Santos luta para escapar do segundo rebaixamento de sua história. O próximo desafio será contra o Palmeiras, no dia 15, na Vila Belmiro.
