Domingo, 28 de abril de 2024

No Litoral Norte gaúcho, advogado pega quase 20 anos de prisão por falsificar documentos em nome de agentes públicos

A Justiça gaúcha condenou a 19 anos e meio de prisão, em regime inicialmente fechado, um advogado que falsificou documentos e se passou por uma série de agentes públicos. Os crimes foram cometidos na cidade de Terra de Areia (Litoral Norte) entre julho e dezembro de 2017, quando ele atuava como estagiário da Defensoria Pública do Estado (DPE).

Já um colega acusado de envolvimento em pelo menos um dos 11 casos apontados no processo pelo Ministério Público foi absolvido. De acordo com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), o réu agora sentenciado chegou a se passar por promotor de Justiça, inserindo declarações e rubricas falsas em papeis públicos, além da simulação e subtração de processos.

“Essa é uma sentença irretocável e que condena de forma exemplar um advogado que cometeu diversos crimes contra a fé publica, falsificando documentos do MP-RS e da DPE e se fazendo passar por membros dessas instituições, em evidente afronta à credibilidade do sistema de Justiça”, disse a promotora Bianca Kosciuk, responsável pela denúncia.

A fase inicial da investigação foi comandada pelo promotor de Justiça Leonardo Chim Lopes, responsável pela instauração do procedimento de investigação criminal. O caso veio à tona após denúncia de um defensor público que atuava na Comarca local.

Porto Alegre

A partir desta segunda-feira (18), vai a júri popular em Porto Alegre um réu apontado como líder de facção criminosa baseada na Zona Leste de Porto Alegre. Ele é acusado pelo MP-RS como mandante de quatro assassinatos e três tentativas de homicídio, todos com agravantes e cometidos entre julho e dezembro de 2016 no âmbito de disputas sobre tráfico de drogas.

Ao todo, serão quatro sessões até o dia 26 na 2ª Vara do Júri do Fórum Centralentre os dias 18 e 26 deste mês, e a promotora de Justiça Lúcia Helena Callegari fará a acusação em plenário pelo MPRS. O criminoso já cumpre pena em presídio federal fora do Estado e foi transferido nesta semana para uma penitenciária gaúcha, a fim de participar das sessões. Outros nove réus também serão julgados.

“O Ministério Público está extremamente atento a todos esses julgamentos e a dedicação é total na busca por justiça e maior tranquilidade à população”, ressalta a promotora Lúcia Helena Callegari. Ela acrescenta:

“As provas mostram o fato de o principal réu ser líder da organização e ter ordenado os crimes. Por isso, esses casos merecem atuação firme de nossa parte. Mostraremos que existe uma guerra do tráfico mas que também há um MP-RS atuante no combate a tudo isso e detalhar aos jurados que o crime não venceu. A segurança pública e a sociedade merecem nossa atenção”.

(Marcello Campos)

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