Sábado, 27 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 21 de setembro de 2025
Pai de ideias de jerico como substituir a Uber pelos Correios, que voltou ao déficit bilionário na gestão Lula, Luiz Marinho (Trabalho) meteu o governo em uma nova enrascada. O ministro ameaça mudar o prazo de reembolso aos estabelecimentos dos valores gastos com o vale-alimentação pelos trabalhadores. Hoje, esse reembolso é feito em 30 dias úteis, prazo compatível com a liquidação e pagamento legais realizados pelos municípios. O ministro quer reduzir para dois dias úteis.
Na marra
A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) entrou na jogada contra o ministro. Diz que ninguém foi ouvido e cobra diálogo prévio.
Pra ontem
Marinho quer empurrar a mudança goela abaixo e a toque de caixa. Tenta colocar o novo prazo para valer ainda em setembro.
Tamanho do problema
A CNM diz que a ideia de jerico impõe “disfuncionalidades e prejuízos significativos” para 2.500 municípios, cerca de 4,5 milhões de servidores.
Nada sabe
Como Marinho pouco colabora, os prefeitos pediram ajuda aos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais).
Farra de viagens no governo Lula chega ao TCU
Está no Tribunal de Contas da União (TCU) um pedido de auditoria nas viagens de pessoas sem cargo público no governo federal. O pente-fino, solicitado pelo deputado Rodrigo da Zaeli (PL-MT), destaca, por exemplo, a disparada de 213% na gastança com diárias e passagens de “colaboradores eventuais” nos dois primeiros anos da gestão Lula, chegando a R$392,6 milhões. Em 2021-2022, mesmo com o gasto já corrigido pela inflação, o valor fica bem abaixo, R$125,1 milhões.
Janjômetro
Na representação, o Rodrigo da Zaeli cita passagens de R$237 mil pagas para a primeira-dama Janja, que não ocupa cargo público.
Gastam sem dó
Se incluir servidores, a fatura fica ainda mais salgada. O primeiro biênio de Lula custou ao País R$4,5 bilhões só em viagens.
E subindo
Entre 2021 e 2022, os gastos com passagens no governo federal foram de R$54,6 milhões. Em 2023 e 204, disparou para R$200,9 milhões.
Futuro promete
Além da convocação de 46 chefes de associações sindicais picaretas, enroladas no roubo aos aposentados, incluindo o Sindnapi (do irmão de Lula), a CPMI do INSS tem ainda 60 pedidos de investigações na fila.
Chinelada na bochecha
Temendo que a oposição faça maioria no Senado, em 2026, e os torne alvos de impeachment, ministros do STF articulam nova intepretação criativa da Constituição que neutralize esse poder do Senado.
Ficha conhecida
O Planalto sabia que Alexandre Padilha estava proibido de entrar nos EUA, mas, ainda assim, insistiu em visto para o ministro da Saúde. Recebeu, mas teria de circular só entre o hotel e o local das reuniões.
Chaves a seco
Já são mais de 50 pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal trancadas a sete chaves na gaveta do presidente do Senado. Que, se for muito pressionado, engolirá as sete chaves.
Mundo de diferença
Além de esvaziada em razão dos custos de hospedagem, a COP30 tampouco dispõe de informações atualizadas do IBGE sobre a cobertura e uso da terra, diz o especialista Luiz Ugeda. Dados antigos, de 2020.
Caminho traçado
O deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) aposta que a oposição vai continuar mobilizada pela anistia “irrestrita” após aprovar a urgência do projeto: “[É] o caminho para pacificar o País.
Avançou
Ao menos no Senado passou, em votação unânime, a autorização para que supermercados possam vender medicamentos. O texto de Efraim Filho (União-PB) seguirá para a Câmara dos Deputados.
Uma patifaria
Bolsonaristas detestaram o vídeo de Paulinho da Força (SD-SP) com Aécio Neves (PSDB-MG) e Michel Temer. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) chamou de “patifaria” a reunião do relator do projeto da anistia.
Pensando bem…
…aviso prévio para ministro também vale.
PODER SEM PUDOR
Mulher fica em pé
Na reunião da Comissão de Ética da Câmara que ouviu o então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), a deputada Maria do Rosário (PT-RS), que assistia a sessão em pé, no plenário lotado, não aguentou quando o deputado Sandro Mabel (PL-GO) disse que falaria em pé porque é homem. Ela reagiu: “Isso não quer dizer nada. Eu sou muito mulher e estou aqui de pé há mais de duas horas!”
Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos
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