Sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Novas fotos podem desvendar o mistério sobre o desaparecimento da aviadora Amelia Earhart 88 anos atrás

Fotos aéreas recém-descobertas, tiradas em 1938, de uma anomalia misteriosa em ilha remota no Pacífico Sul são consideradas sinais muito fortes de que o mistério do desaparecimento da famosa aviadora Amelia Earhart pode estar perto do fim, acreditam pesquisadores.

Imagens do estranho objeto metálico localizado debaixo d’água em uma lagoa na ilha de Nikumaroro — capturadas um ano após o desaparecimento da aviadora pioneira, há 88 anos — reforçam a crença dos cientistas de que o “Objeto Taraia” é o lendário Lockheed 10-E Electra de Amelia, anunciou a Universidade Purdue (EUA), de acordo com o “NY Post”.

Uma equipe de 15 pessoas — composta por pesquisadores de Purdue e do Instituto do Legado Arqueológico (ALI) — partirá em 4 de novembro para a ilha, localizada entre o Havaí e Fiji, perto do centro do Oceano Pacífico, para investigar a enigmática descoberta, que se acredita ser o corpo principal e a cauda da aeronave desaparecida.

“Encontrar a aeronave de Amelia Earhart seria a descoberta de uma vida”, disse o diretor executivo do ALI, Richard Pettigrew, que há muito acredita que Nikumaroro esconda o segredo do desaparecimento de Amelia. “Outras evidências já coletadas pelo Grupo Internacional de Recuperação de Aeronaves Históricas estabelecem um caso extremamente persuasivo e multifacetado de que o destino final de Earhart e do seu navegador, Fred Noonan, era Nikumaroro. Confirmar os destroços da aeronave ali seria a prova cabal”, emendou ele.

Expedição

A expedição de três semanas vai se concentrar no “Objeto Taria” — uma forma misteriosa avistada pela primeira vez em imagens de satélite de 2015 na costa norte da lagoa Nikumaroro.

“Uma identificação bem-sucedida seria o primeiro passo para concretizar o plano original de Amelia de devolver o Electra a West Lafayette após o seu voo histórico”, disse Steve Schultz, vice-presidente sênior e conselheiro geral da Universidade Purdue, referindo-se à cidade de Indiana onde a instituição está localizada. “Ainda seria necessário trabalho adicional para atingir esse objetivo, mas sentimos que devemos isso ao seu legado, que permanece tão forte em Purdue, para tentar encontrar uma maneira de trazê-lo para casa”, acrescentou ele.

Saiba mais

Em 1937, Amelia embarcou em seu avião na tentativa de dar a volta ao mundo. O plano não deu certo, e o avião de Earhart desapareceu em um mistério até hoje não esclarecido.

Amelia nasceu em 24 de julho de 1897 em Atchison (Kansas, EUA), mas morou em várias cidades. Sua família mudava-se com frequência, sempre dentro dos EUA, quando Amelia ainda era criança. Seu pai era advogado ferroviário, e sua mãe vinha de uma família rica. Após a morte dos avós, a família enfrentou dificuldades financeiras em meio ao alcoolismo do pai. Amelia concluiu o ensino médio em Chicago, em 1916.

O primeiro contato com a aviação foi durante a Primeira Guerra Mundial, quando visitou a irmã em Toronto e decidiu ficar no Canadá para trabalhar em um hospital militar. Sua primeira viagem de avião foi 1920, quando ela descobriu sua paixão de vida e começou a ter aulas de voo com a aviadora Neta Snook.

Quando completou 25 anos, Amelia comprou um biplano Kinner Airster amarelo que ela chamava de canário. Em 1922, ela estabeleceu o recorde feminino de altitude para a época, de 14.000 pés (4.265 metros).

A vida de Amelia mudou em 1928, quando ela conheceu o editor George Putnam, que a convidou para se tornar a primeira mulher a cruzar o Atlântico de avião, mas como passageira. Quando o voo aterrissou na Europa, em 17 de junho de 1928, o nome de Amelia virou sensação. Eles se casaram em 1931, mas Amelia manteve seu nome de solteira e dizia considerar o casamento como uma parceria igualitária.

Amelia se aventurou no jornalismo e na moda, mas sua paixão pela aviação era o que a movia.

A aviadora completaria 40 anos quando decolou em seu último voo. Ela sobrevoava o Oceano Pacífico, entre a Austrália e o estado do Havaí, quando desapareceu em 1937 — era esperado que o voo pilotado por Amelia passasse por Howland, uma pequena ilha no meio do caminho, mas nunca chegou.

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