Sábado, 28 de junho de 2025

Novo ministro da Comunicação Social oficializa saída de secretária próxima a Janja

No mesmo dia em que tomou posse como ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), o publicitário Sidônio Palmeira formalizou mais uma mudança na estrutura na Pasta: a demissão da secretária de Estratégias e Redes, Brunna Rosa. A saída dela já estava sacramentada desde a semana passada.

A demissão de Brunna é importante porque trata-se de um nome de confiança da primeira-dama Janja. Além dela, também foi desligada da Secom a diretora do departamento de Canais Digitais da Secom, Priscila Calaf, que respondia como “número 2” na mesma estrutura, a Secretaria de Estratégias e Redes.

Na semana passada, o novo ministro já havia demitido o então secretário de Imprensa do Palácio do Planalto, José Chrispiniano. A saída dele foi a primeira mexida na Pasta desde que Sidônio foi oficializado para substituir o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). Chrispiniano, por sua vez, foi substituído por Laércio Portela, que era o titular da Secretaria de Articulação da Secom.

Conhecido por ter atuado como marqueteiro do PT na campanha presidencial de 2022, o publicitário Sidônio Palmeira foi empossado na última terça-feira (14) como novo ministro da Secom. A cerimônia, realizada no Palácio do Planalto, contou com a presença de ministros de peso do governo Luiz Inácio Lula da Silva. No evento, o novo ministro aproveitou para criticar a recente decisão da Meta, controladora do Facebook e Instagram, de acabar com o sistema de checagem de fatos das plataformas. Na avaliação dele, essa decisão é uma “afronta à soberania nacional”.

“Encaro a missão da comunicação como guardiã da democracia. As medidas adotadas pela Meta estão promovendo o faroeste digital e são ruins porque afrontam a soberania nacional. [Nós] defendemos a liberdade de expressão e lamentamos que o extremismo esteja desvirtuando esse conceito para viabilizar a liberdade de manipulação”, defendeu.

Em relação ao desafio de arrumar a comunicação do governo petista, Sidônio repetiu mais uma vez o que já havia dito à imprensa quando seu nome foi confirmado para o cargo de ministro: “O desafio da comunicação não é algo exclusivo da Secom”, disse. Neste mesmo sentido, o novo ministro defendeu que a gestão petista não deve “reclamar” ou “levar a comunicação para o divã”.

“As mentiradas fomentadas pela extrema direita ameaçam a humanidade, aprofundam o negacionismo e pavimentam a cultura do ódio e do cancelamento. Para fazer frente a esse movimento macabro, não basta chamar o marqueteiro. Precisamos ampliar o papel da comunicação em sua complexidade. Em vez de reclamar e levar a comunicação para o divã, vamos fazer parte dela. A comunicação tem que ser compartilhada por todos”, acrescentou.

Em seu discurso, Sidônio também fez questão de dizer que não é um homem com trajetória “política partidária” como seu antecessor, Paulo Pimenta, que estava presente na cerimônia. Apesar disso, em seguida, o publicitário fez um aceno político a Lula, ao dizer que escolheu integrar a campanha presidencial petista de 2022 por entender que estava “do lado certo da história”.

“Não sou da política partidária, nunca tive cargo público. O que me traz aqui é a força de quem me fez contribuir nas eleições de 2022, a força de estar do lado certo da história, e pelo meu sentimento de justiça. Em apenas dois anos, o seu governo, presidente Lula, melhorou a casa, reconstruiu indicadores econômicos e está retirando milhões de brasileiros do mapa da fome. O nosso país voltou a ser respeitado pelo mundo”, defendeu.

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