Domingo, 09 de novembro de 2025

Número de empresas inadimplentes atinge recorde

Em novembro de 2022 foram registrados 6.392.011 negócios no vermelho, pior cenário de negativação desde 2016, início da série histórica do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. Dessas, 3.395.342 empresas são do Sudeste.

O estado de São Paulo se destacou com mais de 2 milhões de negócios com contas a pagar vencidas. Já o Rio de Janeiro teve o maior número já registrado pelo levantamento.

Além disso, desde o início de 2022, o índice não marcou nenhuma queda e o cenário de inadimplentes apenas se agravou.

Valor recorde – Ainda de acordo com o indicador do Serasa, a quantidade de dívidas e o valor acumulado delas também registraram recordes históricos. Foram 45 milhões de débitos negativados no período, totalizando R$ 108 bilhões. Cada CPNJ no vermelho tinha cerca de 7 dívidas a pagar.

A melhora desse quadro de inadimplência das empresas depende de uma reação em cadeia, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi: “Para que esse cenário mostre uma visão mais positiva é necessário que os consumidores consigam sair da inadimplência, aumentem seu poder de compra e comecem a honrar com seus compromissos financeiros, além de consumir mais. Esses dois fatores deverão contribuir para o fluxo de caixa dos negócios que, só então, conseguirão se organizar financeiramente”.

Setor de Serviços – A análise por setor revelou que mais da metade das empresas inadimplentes atua no segmento de Serviços (53,5%). Em sequência está a parcela do Comércio (37,5%), Indústria (7,7%), setor Primário (0,8%) e Outros (0,4%).

Outro recorte mostrou em quais segmentos os empreendimentos inadimplentes mais adquiriram suas dívidas. O destaque ficou para a categoria “Outros”, que engloba em sua maioria Indústrias, além de empresas do terceiro setor e do agronegócio. Os débitos também mostram alto nível de aquisição na área de Serviços e Bancos e Cartões.

2022: impacto na economia

As eleições sempre podem causar receios no mercado, diante da perspectiva de mudança de governo e, com ele, mudanças em políticas econômicas. Porém, este ano além, pesou o clima geral de apreensão com manifestações.

Globalmente, 2022 tem agora o primeiro conflito na Europa após a 2ª Guerra Mundial, além de novas variantes do Coronavírus. À parte isso, ainda tivemos uma Copa do Mundo. Relembre os fatos que movimentaram a economia.

– Eleições no Brasil: O resultado das eleições foi bem recebido pelo mercado, como se observou na bolsa de valores brasileira. Em 3 de outubro, primeiro pregão após o primeiro turno, a Bolsa fechou em alta de 5,5%.

Um pouco mais adiante, no dia 24 de outubro, o Ibovespa teve uma das maiores baixas do ano, e fechou em queda de 3,26%.

– Rússia e Ucrânia: Em 24 de fevereiro deste ano a Rússia invadiu a Ucrânia, dando início à guerra na Europa, que ainda não acabou. Além das questões humanitárias, o conflito tem diversas repercussões na economia mundial, principalmente por conta do abastecimento de produtos oriundos dos dois países.

A Rússia tem forte papel no abastecimento de petróleo e gás, principalmente para a Europa, e problemas no abastecimento causaram o aumento do preço dos insumos.

– Copa do Mundo: A Copa do Mundo que aconteceu no Catar movimentou a economia. O Catar investiu US$ 229 bilhões para fazer as adaptações necessárias ao sediar o evento. Apesar disso, o retorno esperado é bem menor do que o investimento, considerando a expectativa de gerar um aumento de US$ 4 bilhões para a economia do país, de um impacto total esperado de US$ 20 bilhões (menos de 10% do valor investido).

O evento da Fifa movimentou as seleções de diversos países e criou oportunidades de negócio.

– Pandemia: Dois anos após o início da pandemia de covid, o vírus ainda segue sendo uma ameaça à saúde pública, com repercussões na economia. Na China, por exemplo, foram implementadas duras medidas de isolamento, com a chamada política de Covid Zero.

Após manifestações, as medidas foram reduzidas, e os casos graves tiveram grande aumento, causando superlotação em hospitais no último mês.

No próximo ano, espera-se que o cenário melhore. Para 2023, a perspectiva de crescimento da China é projetada em pelo menos 4,3%.

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