Sexta-feira, 25 de abril de 2025

Nutricionistas explicam se chocolate amargo realmente é mais saudável

O chocolate é uma das grandes paixões do brasileiro. Mas, diante dos alertas sobre o consumo excessivo, muita gente tem trocado o tradicional ao leite pela versão amarga na tentativa de fazer uma escolha mais saudável.

Segundo os especialistas ouvidos pelo Metrópoles, essa troca faz sentido. O chocolate amargo, especialmente os com 70% de cacau ou mais, tende a ter mais compostos antioxidantes, menos açúcar e menos aditivos industrializados.

“Ele costuma ser mais saudável porque tem mais compostos que fazem bem para o coração, ajudam a combater inflamações e até favorecem o humor”, afirma Fernando Castro, nutricionista que atua em Brasília.

Além disso, ele contém menos gordura saturada e menos ingredientes que podem interferir negativamente nos níveis de colesterol. Já o chocolate ao leite, segundo os nutricionistas, costuma ter mais açúcar, gordura ruim e derivados do leite que aumentam o valor calórico.

De acordo com Thays Pomini, nutricionista especializada em emagrecimento, a versão amarga ainda se destaca por ser mais rica em minerais como ferro, magnésio e manganês, além de conter mais fibras.

“Os flavonoides presentes no cacau estão associados a benefícios cardiovasculares, como melhora na função endotelial e redução da pressão arterial”, diz.

Benefícios

Quanto mais amargo e escuro for o chocolate, mais saudável ele é. A razão está na massa de cacau, que contém uma quantidade significativa de gorduras boas e é uma das principais fontes de polifenóis.

O chocolate amargo também contém ferro, potássio, fósforo, zinco, e selênio. Por conta de potentes antioxidades do grupo dos flavonoides, os chocolates amargo e meio amargo melhoram a saúde do coração.

O chocolate amargo também estimula o sistema nervoso central e os músculos cardíacos, graças à teobromina, uma substância com ação semelhante à da cafeína.

Outro benefício para a saúde proporcionado pelo chocolate é o aumento da sensação de bem-estar, a partir da liberação do hormônio serotonina. O alimento também diminui a pressão arterial e melhora a circulação sanguínea, pois produz óxido nítrico, um gás responsável por dilatar.

De olho no rótulo

Na hora de comprar, vale olhar além da porcentagem de cacau na embalagem. A nutricionista Jhenevieve Cruvinel, de São Paulo, explica que, no Brasil, o chocolate precisa conter no mínimo 25% de sólidos de cacau por 100 gramas de produto — mas os mais recomendados são aqueles com 40%, 55%, 70% ou mais.

“É importante observar a ordem dos ingredientes no rótulo. Eles aparecem em ordem decrescente, então o ideal é que os primeiros sejam cacau, massa de cacau, liquor ou nibs”, diz.

Além disso, as versões mais puras costumam ter poucos ingredientes, entre três e cinco, e são mais naturais e saudáveis.

Thays reforça que o teor de açúcar deve ser baixo, sendo menos de 10 g por porção, e que é melhor evitar produtos com muitos emulsificantes, aromas artificiais e gorduras adicionadas. “Prefira chocolates com manteiga de cacau e não com gorduras hidrogenadas ou óleos vegetais”, orienta.

Como consumir

Em geral, sim, é possível comer chocolate todos os dias desde que com moderação e dentro de um plano alimentar equilibrado. Jhenevieve recomenda uma porção de 30 a 35 gramas por dia, adaptada aos objetivos de cada pessoa.

“Outra dica saudável é usar cacau em pó no preparo de receitas caseiras, como bolos ou sobremesas, para aumentar o teor de fibras e reduzir o açúcar”, diz.

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