Sábado, 18 de maio de 2024

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo, afirmou que a Polícia Federal apresentou “provas robustas” de um “processo de planejamento e execução de um golpe de Estado”

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a Polícia Federal (PF) apresentou “provas robustas” de um “processo de planejamento e execução de um golpe de Estado”. Para Moraes, há elementos que mostram que um “grupo criminoso” atuou de forma “coordenada e estruturada” para efetuar uma ruptura institucional.

Moraes fez a avaliação ao responder um pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em relação à sua decisão da semana passada que autorizou Operação Tempus Veritatis, que investiga uma tentativa de golpe de Estado. O ministro esclareceu que não impediu o contato entre advogados, mas apenas que eles sirvam de intermediários para os investigados.

Ao falar sobre a operação, Moraes declarou que a representação apresentada pela PF foi “devidamente amparada por robustos elementos de informação”.

“A representação policial, devidamente amparada por robustos elementos de informação, indica o funcionamento de um grupo criminoso que, de forma coordenada e estruturada, atuava nitidamente para viabilizar e concretizar a decretação de medidas de ruptura institucional. A Polícia Federal aponta provas robustas de que os investigados concorreram para o processo de planejamento e execução de um golpe de Estado”, escreveu o ministro.

A operação teve como base mensagens de textos, a gravação de uma reunião ministerial, registros de entradas em prédios públicos, dados de celulares e até pedidos de Uber.

Diálogos entre tenente-coronel Mauro Cid e o coronel Marcelo Câmara, ex-assessores de Bolsonaro, indicam, por exemplo, que Moraes tinha seus passos monitorados pelo grupo.

Mensagens e registros de entrada no Palácio da Alvorada também confirmam relato feito por Cid, em sua delação premiada, sobre a elaboração de uma minuta de decreto golpista. O ex-ajudante de ordens disse que o então presidente apresentou aos comandantes das Forças Armadas um documento com uma proposta de intervenção militar e que o ex-presidente inclusive sugeriu alterações no documento.

A PF também conseguiu acesso a um vídeo de uma reunião ministerial realizada por Bolsonaro em 5 de julho de 2022 no Planalto. A gravação estava em um computador apreendido na casa de Mauro Cid. Para a corporação, há uma “dinâmica golpista, no âmbito da alta cúpula do governo”.

A investigação também obteve registros do aplicativo Uber usados pelo padre José Eduardo de Oliveira e Silva, que mostra que ele fez pelo menos cinco viagens até a casa alugada pelo PL que serviu como comitê de campanha para Bolsonaro e que, depois da eleição, teria sido utilizada como um “QG do Golpe”.

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