Segunda-feira, 01 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 1 de outubro de 2023
O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), afirmou que se o presidente da Republica, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), indicar ele a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), vai ser difícil negar. Dino é cotado para assumir a cadeira de Rosa Weber no Supremo. O presidente Lula (PT) também estuda os nomes de Bruno Dantas, presidente do TCU, e Jorge Messias, advogado-geral da União.
“Se o presidente da República convida, é muito difícil dizer não. Vou estar desdenhando do STF, é descabido”, disse Flávio Dino em entrevista ao jornal O Globo. Ele acrescentou que Lula nunca conversou com ele sobre a vaga no STF. “Sequer insinuou”.
Dino também respondeu às críticas de que usaria o STF como trampolim para disputar a Presidência. Ele declarou ao Globo que “jamais” voltaria à política se fosse indicado ao Supremo. “Se um dia, talvez, eu fosse para o Supremo e pensasse em retornar à política, haveria uma premissa de que eu usaria a toga para ganhar popularidade. Isso eu não farei, ou faria. Jamais. Seria uma decisão definitiva. Ou será, sei lá”, diz Dino.
O presidente Lula já sinalizou a interlocutores que está decidido a indicar Dino para substituir Rosa, segundo apurou a jornalista Malu Gaspar. Após a indicação, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deve marcar uma sabatina. Ele vê dificuldades na aprovação do nome de Dino.
Fatiamento do ministério
Em outro desdobramento da aposentadoria de Rosa Weber, a possível sucessão no Ministério da Justiça entrou no radar. Alas do PT trabalham para fatiar a pasta, assumindo o controle da Segurança Pública. O partido se queixa de uma falta de “marca” na área — em reação, a pasta vai lançar na segunda um plano de enfrentamento ao crime organizado. Dino é contra a divisão e afirmou que dirá isso a Lula, se perguntado. Ele também se esquiva de apontar nomes que possam ocupar seu cargo.
Lula tem sido pressionado a indicar uma mulher negra ao STF, mas já disse que não vai considerar critérios de gênero e cor. Essa será a segunda indicação à Corte neste mandato. Para o lugar de Ricardo Lewandowski ele nomeou Cristiano Zanin, que era seu advogado.