Quinta-feira, 28 de março de 2024

O que andam espalhando: seis boatos sobre vacinas devidamente checados

No WhatsApp, a disseminação de fake news em relação às vacinas contra a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus é comum. Sem checar a informação, muitas vezes as pessoas acabam acreditando, e compartilhando com seus conhecidos, gerando assim uma bola de neve de informações completamente falsas ou incompletas, contribuindo, assim, para a desinformação sobre o tema, o que acaba atrapalhando o combate à pandemia.

Veja a seguir seis exemplos de fake news devidamente esclarecidos:

1) Dados da pandemia em Israel provam que vacinas não funcionam.

A informação é falsa. O texto em circulação alega que 90% das hospitalizações seriam de pessoas vacinadas. Essa informação enganosa se baseia em dados de um único hospital e que foram tirados de contexto. O Ministério da Saúde de Israel já disse que os dados “claramente mostram” que a vacinação protege contra casos graves de covid-19.

2) Vacinados vão morrer em até 5 anos.

Em vídeo que circula em aplicativos de mensagens e redes sociais, o homem que discursa em uma comissão de educação de uma pequena cidade dos Estados Unidos é Sean Brooks. Segundo a agência Reuters, ele é formado em educação — não em saúde. Ele faz uma série de alegações falsas sobre a segurança das vacinas. Nenhuma delas se sustenta diante das evidências científicas mais robustas — de que as vacinas são seguras e eficazes.

3) Vídeo em que o jornalista Claudio Lessa afirma que a Pfizer patenteou um sistema de rastreamento de pessoas imunizadas contra a covid-19 e que a vacina teria grafeno em sua composição.

Outro dado mentiroso. A história foi inventada a partir de uma patente emitida nos EUA, sem relação com a Pfizer, que envolve análise de dados de bluetooth em celulares. Não há óxido de grafeno na composição de nenhuma vacina contra a covid-19. Especialistas explicam que, mesmo se houvesse, não seria possível rastrear pessoas com a substância.

4) As vacinas contra a covid-19 são experimentais.

As vacinas atualmente utilizadas no Brasil já passaram por todas as fases de estudos clínicos que provam segurança e eficácia. Os dados foram analisados e confirmados pelas principais agências reguladoras do mundo. As evidências científicas mais robustas não mostram risco de as vacinas causarem infertilidade ou o desenvolvimento de doenças autoimunes.

5) Ex-executivo da Pfizer afirmou que imunizados com vacinas de covid-19 estão condenados à morte nos próximos anos.

Conteúdo é enganoso. O link direciona para uma entrevista de Mike Yeadon, na qual ele faz uma série de apontamentos conspiratórios sobre vacinas. São falsas e infundadas as afirmações de que imunizantes de covid podem alterar o DNA, provocar doenças genéticas e morte. A mensagem ainda atribui a Yeadon declarações, também enganosas, que não constam na entrevista, como a afirmação de que 0,8% dos vacinados com a primeira dose morrem por causa da vacina e que inoculados estão condenados à morte precoce.

6) A União Europeia aprovou uma lista de cinco medicamentos contra a covid-19, incluindo a ivermectina, e que as vacinas seriam abandonadas a partir de outubro.

A peça distorce um comunicado de junho da Comissão Europeia que nem sequer menciona a ivermectina. Um porta-voz desmentiu o boato e afirmou que não existe intenção de abandonar as vacinas aprovadas na UE.

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