Terça-feira, 05 de agosto de 2025

O que esperar da vacinação no Brasil em 2022

Quantas doses teremos disponíveis? Todo mundo tomará a dose de reforço? É seguro misturar vacinas? Respondemos algumas dúvidas sobre a vacinação para este ano.

1) Quais vacinas serão utilizadas em 2022 no Brasil?

Por enquanto, Pfizer e AstraZeneca. O Ministério da Saúde optou por imunizantes que já têm registro definitivo na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que já foram incorporados ao SUS pela Conitec. Com essa decisão, a pasta exclui CoronaVac e Janssen, que têm o registro de uso emergencial.

2) Quantas doses teremos em 2022?

O Ministério da Saúde informou que a campanha de vacinação contará com 354 milhões de doses:

— 134 milhões adquiridas em 2021
— 120 milhões de doses da AstraZeneca
— 100 milhões de doses da Pfizer

3) Já sabemos como será a vacinação em 2022?

Em nota, o Ministério da Saúde disse que a campanha 2022 seguirá com a cobertura das doses do ciclo primário de vacinação e “irá avançar na aplicação das doses de reforço em todos os brasileiros com mais de 18 anos”.

Em outubro, Marcelo Queiroga deu alguns detalhes sobre a vacinação no próximo ano:

— Uma dose para pessoas de 18 a 60 anos;
— Duas doses para pessoas com mais de 60 anos e imunossuprimidos;
— Vacinação por faixa etária decrescente, e não por grupo de risco;
— Vacinação seis meses após a imunização completa em 2021 ou dose de reforço;
— Duas doses para novos públicos (crianças de 5 a 11 anos);
— Vacinação heteróloga: cada vacinado recebe imunizante diferente do aplicado no ano anterior.

4) Quem pode tomar a dose de reforço?

Qualquer pessoa com mais de 18 anos pode tomar a dose de reforço das vacinas contra a Covid-19.

Quem tomou CoronaVac, Pfizer ou AstraZeneca pode tomar a dose de reforço quatro meses após ter completado o esquema vacinal, ou seja, ter tomado as duas doses. Já quem tomou a vacina da Janssen pode tomar a dose adicional de dois a seis meses após a dose única.

5) As vacinas são efetivas contra a variante ômicron?

Fabricantes continuam testando suas vacinas contra a nova variante ômicron. Em nota divulgada no dia 8 de dezembro, a Pfizer e a BioNTech informaram que estudos preliminares demonstram que 3 doses de sua vacina contra a Covid-19 neutralizam a variante ômicron.

No dia 7 de dezembro, a Sinovac, laboratório chinês que desenvolveu a CoronaVac, anunciou que está desenvolvendo uma versão da CoronaVac adaptada à variante ômicron.

A Universidade de Oxford disse em novembro que não há evidências de que as vacinas contra o coronavírus não prevenirão doenças graves da variante ômicron, mas acrescentou que está pronta para desenvolver rapidamente uma versão atualizada de sua vacina produzida com a AstraZeneca, caso necessário.

A Janssen – braço farmacêutico do grupo Johnson&Johnson – disse que está avaliando a eficácia do seu imunizante contra a ômicron ao mesmo tempo em que desenvolve uma vacina específica para a variante.

6) A vacinação será anual?

Ainda não se sabe. Segundo Mariângela Simão, vice-diretora geral de medicamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), a entidade tem um grupo que estuda essa possibilidade.

“O grupo estuda a necessidade de se fazer a vacina de reforço, em quais grupos e qual vai ser o comportamento de médio e longo prazo do vírus. Ainda temos uma quantidade de população suficientemente não imunizada para que o vírus continue mutando e levando a novas variantes. Esse é o empurrão para que façamos um esforço coletivo para aumentar a cobertura vacinal no mundo todo e aprimorar a vacina e, eventualmente, fazer recomendações para grupos específicos de vacinação anual”, explica.

Para o infectologista e diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a vacinação no futuro vai depender do momento da pandemia.

“No período pós-pandêmico, não há sentido em ficar vacinando toda a população. Teremos, provavelmente, uma vacinação de grupos vulneráveis, algo semelhante com o que a gente faz na gripe. Até lá [o período pós-pandêmico], precisaremos manter altas taxas de proteção. Revacinar quem perdeu proteção, ampliar o número de vacinados, vacinar crianças”, explica Kfouri.

O gerente-geral de medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes, disse que a agência segue acompanhando dados sobre a vacinação, mas ainda não existe resposta para revacinação. “O que vai trazer essa resposta para a gente é esse acompanhamento da capacidade neutralizante, dos anticorpos neutralizantes, e do número de casos que vão surgindo na população ao longo do tempo”.

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