Quinta-feira, 06 de novembro de 2025

O que se sabe e o que falta esclarecer sobre o brasileiro preso suspeito de matar a filha e a esposa no Japão

Considerado o principal suspeito das mortes da esposa e filha no Japão em agosto de 2022, o brasileiro Anderson Robson Barbosa foi preso pela Polícia Federal (PF) quase um ano após o crime.

Segundo a PF, ele foi detido em São Paulo (SP) e levado para Curitiba, onde deve ficar e responder o processo criminal. A polícia informou que Anderson Barbosa foi detido em um apartamento onde morava com uma amiga, no Bairro Bela Vista, em São Paulo (SP). Ele portava os documento originais e ficou em silêncio na hora da prisão.

Anderson deve ficar preso na delegacia do órgão em Curitiba. Na casa da família dele, em Cambé, norte do estado, policiais federais cumpriram um mandado de busca e apreensão, mas não explicaram o que foi apreendido.

O crime

Conforme a polícia japonesa, as vítimas teriam sido esfaqueadas na casa onde moravam, em Sakai, a 500 quilômetros da capital Tóquio. A polícia de Osaka, também no Japão, divulgou imagens de Anderson andando pelo aeroporto de Narita. A suspeita, que depois acabou sendo confirmada, era de que ele havia fugido para o Brasil.

De acordo com a polícia japonesa, as vítimas são Manami Aramaki, de 29 anos, e a filha dela, Lily, de 3 anos. Nas redes sociais, a mulher indicava que era casada com Anderson. O relatório da perícia apontou que cada um teria sofrido pelo menos 10 perfurações. Manami ainda teria sido agredida no rosto. Na época do crime, a imprensa local afirmou que o suspeito havia pedido uma dispensa de duas semanas do trabalho.

Segundo autoridades japonesas, o crime teria acontecido entre os dias 20 e 21 de agosto. No dia 22 do mesmo mês, Anderson teria sido visto pela última vez no aeroporto de Narita. A polícia acreditava que ele tinha fugido para o Brasil.

Nem a polícia japonesa nem a brasileira esclareceram qual seria a motivação do crime.

A prisão

Conforme o delegado chefe da Polícia Federal de Londrina, Kandy Takahashi, as investigações apontaram que Anderson conheceu uma amiga brasileira quando morava no Japão. Nas redes sociais, segundo Takahashi, ela era a única que defendia o suspeito.

O delegado disse que a fisionomia do rapaz estava diferente das imagens divulgadas durante as investigações e não estava desempregado. O suspeito foi o único preso na ação. A amiga dele, que não teve o nome divulgado, não foi presa.

Conforme o Takahashi, Anderson disse aos policiais que não estava fugindo, e que iria se apresentar caso fosse intimado pela PF.

Extradição

A Polícia Federal confirmou que Anderson ficará preso no Brasil, porque o mandado expedido contra ele no Japão não era válido em solo brasileiro. Em nota, a PF explicou que ele foi preso em “um acordo de cooperação técnica” entre os dois países.

Os mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba. O processo tramita em sigilo.

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