Sexta-feira, 03 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de outubro de 2025
Um ônibus escolar desgovernado se incendiou, por volta das 16 desta sexta-feira (3), após colidir com veículos estacionados e um prédio residencial na rua Espírito Santo, Centro de Porto Alegre. Conforme a Brigada Militar (BM), o coletivo transportava 54 alunos e dois professores de uma escola da cidade de Vacaria. Não houve feridos, mas alguns passageiros do coletivo e também moradores do edifício atingido sofreram intoxicação por fumaça.
A turma havia participado de uma visita ao Palácio Piratini e embarcado rumo ao Barrashopping Sul. Ao passar pela Cúria Metropolitama, na Espírito Santo (uma das lombas mais íngremes da região), o veículo acabou esbarrando em fios de alta-tensão. O motorista desceu para conferir o problema: nesse momento, uma possível falha no freio-de-mão fez com que o ônibus descesse sem controle.
Após destruir dez automóveis e uma motocicleta, o coletivo parou já em chamas junto ao Edifício Esmeralda, no trecho entre as ruas Fernando Machado e Demétrio Ribeiro. Os ocupantes foram retirados antes que o veículo fosse completamente tomado pelo fogo, responsável por uma coluna de fumaça espessa e visível a quilômetros de distância.
Enquanto os bombeiros combatiam as chamas no ônibus, as vias do entorno eram tomadas por viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Defesa Civil, Brigada Militar, Polícia Civil e Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Tudo acompanhado de perto por centenas de moradores e trabalhadores da região, dentre curiosos e preocupados com a situação.
Os estudantes – com idades de 15 a 17 anos – foram encaminhados à sede da Associação Cristã de Moços (ACM), na rua Washington Luiz, e seus familiares comunicados por telefone sobre o incidente. Até o fim da noite, não haviam sido divulgadas informações sobre o estado de saúde dos que inalaram fumaça. A BM relatou não haver casos graves.
Moradores evacuados
Chamas e fuligem alcançaram sacadas e salas frontais dos apartamentos com vista para a rua, exigindo a evacuação dos moradores. O mais afetado foi o do primeiro dos quatro andares. Proprietária do imóvel, a aposentada Laura Brzesky Alves relatou à reportagem de “O Sul”:
“Eu estava cochilando quando ouvi o estrondo, depois veio a fumaça, o fogo e os gritos de pessoas em pânico na rua. Com outros vizinhos, consegui me refugiar no pátio central do prédio, antes de sermos retirados. Recebemos abrigo em um bar nas imediações e ainda não podemos voltar para casa, então para mim o jeito é ir para outro endereço da família, aqui mesmo no bairro”. (Marcello Campos)
(Foto: Marcello Campos/O Sul)
(Foto: Marcello Campos/O Sul)
(Foto: Marcello Campos/O Sul)