Quinta-feira, 10 de julho de 2025

Operação Abuso de Confiança investiga desvio de dinheiro de escritório de advocacia em Porto Alegre

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feira (9), a Operação Abuso de Confiança com o objetivo de apurar o crime de estelionato praticado contra um escritório de advocacia localizado em Porto Alegre.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em dois endereços em Canoas, visando à coleta de provas relacionadas aos desvios financeiros orquestrados pelos suspeitos. Durante a ação, houve a apreensão de um terreno, de um veículo e de equipamentos eletrônicos.

A investigação iniciou após a denúncia registrada em 22 de maio pela vítima, representante legal do escritório, que identificou irregularidades em pagamentos após notificação da Receita Federal e auditoria interna.

Inicialmente, acreditava-se que a colaboradora responsável pela programação bancária de pagamentos a fornecedores havia sido ludibriada, por WhatsApp, a realizar pagamentos para um indivíduo com dados semelhantes a um advogado que possuía valores a receber, golpe já conhecido pelos investigadores.

Com o avanço das investigações, foi constatado que, na verdade, a funcionária responsável por operações financeiras inseriu deliberadamente dados falsos no sistema do banco, induzindo o sócio do escritório a autorizar dez transferências via Pix, totalizando R$ 334.428,46 para a conta de outro suspeito investigado, entre outubro de 2024 e janeiro de 2025.

Para encobrir os desvios, a colaboradora suspeita se valeu de um esquema que envolveu a geração de notas fiscais que mais tarde eram canceladas. O objetivo era concluir o processo gerador dos pagamentos, evitando que os sócios do escritório desconfiassem.

“A apuração revelou indícios de autoria e materialidade do crime de estelionato, praticado em concurso de agentes. Durante a investigação, foi verificado que a colaboradora, com salário de R$ 6 mil, apresentou sinais de riqueza incompatíveis, como viagens internacionais (Europa e Argentina), aquisição de um terreno em Cachoeirinha por R$ 311,64 mil, troca de veículo e procedimentos estéticos, caracterizando enriquecimento ilícito. Também foi constatado vínculo entre os suspeitos, com conexões em redes sociais e proximidade geográfica, com ambos residindo em Canoas”, informou a Polícia Civil. Ninguém foi preso.

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