Quinta-feira, 16 de outubro de 2025

Operação contra lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas termina com mais de 50 presos no RS

A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Turrim Lavare com o objetivo de descapitalizar e responsabilizar criminalmente integrantes de uma organização voltada à lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas no Rio Grande do Sul. Mais de 50 criminosos foram presos.

Ao todo, foram cumpridas 209 medidas cautelares, incluindo 68 mandados de prisão preventiva, 37 mandados de busca e apreensão, 74 bloqueios de contas bancárias, 6 sequestros de imóveis e 4 sequestros de veículos.

A operação foi realizada em Novo Hamburgo, Campo Bom, Três Coroas, Lajeado, Gravataí, Alvorada, Capão Novo, Tramandaí, Novos Cabrais, Porto Alegre, Torres, Esteio, Canoas, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Portão, Montenegro, Florianópolis (SC) e Vargem Bonita (SC).

Houve a apreensão de 10 veículos, armas de fogo, munições, drogas, dinheiro, balanças de precisão, anotações do tráfico de drogas, entre outros objetos.

Foi determinado o bloqueio de valores de até R$ 120,326 milhões como medida destinada à descapitalização do grupo criminoso investigado. Além disso, a indisponibilidade de ativos pode chegar a R$ 2 milhões.

Segundo o delegado Adriano Nonnenmacher, da Delegacia de Polícia de Repressão à Lavagem de Dinheiro, o modo de operação da organização era a lavagem de capitais no sistema financeiro, com a inserção de ativos ilícitos na economia formal por meio da compra de veículos e imóveis.

“As movimentações no sistema bancário eram realizadas por meio de dissimulações estruturadas, pulverizações, smurfing, fracionamentos, triangulações, uso de contas de idosos e contas de passagem – depósitos e saques rápidos –, bem como através de casas lotéricas. Os valores espúrios circulavam entre líderes, gerentes e operadores de outras cidades – ligados ao tráfico –, além de diversos laranjas”, explicou o delegado.

Chamou a atenção o recrutamento de indivíduos com antecedentes por crimes graves, como tráfico, homicídios e roubos, para a pulverização dos valores em diversas contas, mediante transações de baixo valor conectadas a gerentes e líderes. No montante, os valores movimentados eram milionários, demonstrando a expertise da organização para evitar a detecção pelos órgãos de fiscalização”, explicou o delegado.

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