Quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 27 de novembro de 2025
A oposição torce para ser irreversível o afastamento do Congresso da influência do Planalto, evidenciado no boicote dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), e Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), ao factoide de Lula (PT), ontem (26), na sanção sobre isenção do imposto de renda, que a rigor só beneficia 20% dos trabalhadores que recebem até R$5 mil. Lula colocou na mesma foto os inimigos Arthur Lira (PP-AL) e Renan Calheiros (MDB-AL), mas nada de Motta e Alcolumbre.
Tem mais
A ausência caiu como uma bomba no Planalto, que ainda precisa do Congresso para andar com a indicação de Jorge Messias e Orçamento.
Já deu
À coluna, o deputado Capitão Alden (PL-BA) avalia que a desgastada relação de Lula com o Congresso está “marcada por falta de confiança”.
Arruinou de vez
Como estava previsto, a nomeação de Gleisi Hoffmann arruinou de vez a “articulação política”, que já era ruim demais com Alexandre Padilha.
Pode piorar
“O Planalto precisará readequar sua articulação se quiser evitar uma escalada de tensões”, sugere o opositor Alden.
Sintomas de doença de Heleno apareceram em 2018
O pedido de prisão domiciliar humanitária para o general Augusto Heleno revela que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) de Jair Bolsonaro já enfrentava desde 2018 os sintomas da Doença de Alzheimer e de demência vascular. A “demência mista”, que não tem cura e é progressiva, começou como transtorno misto de depressão e ansiedade. Isso provoca perda de memória recente, funções motoras, linguagem e orientação temporal, e foi comprovada através de laudos médicos, que acompanharam a deterioração rápida na saúde do general.
Na cadeia não dá
Heleno é monitorado por geriatra e psiquiatra, que recomendam atenção especial e individual. A esposa Sonia tem sido sua cuidadora.
Evolução rápida
Laudos médicos encaminhados ao Supremo, sob segredo de Justiça, comprovam o diagnóstico de Heleno, cujo estado piorou desde 2024.
Na prática, perpétua
Heleno, de 78 anos, foi condenado a 21 anos de prisão em regime fechado por participar de suposta tentativa de “golpe de Estado”.
Atitude estranha
Fernando Haddad passou a atacar a Refit, ex-Refinaria de Manguinhos, rival da Raízen. Curiosamente, seu filho atuava no escritório de Vinícius Carvalho, hoje na CGU, que advogava para a Raízen contra a Refit.
Banqueiro na área
Haddad passou a hostilizar a Refit quando o banqueiro André Esteves, do BTG, vira o maior acionista individual da Cosan, de Rubens Ometto, que atua nos setores energia e logística, mas anda super-endividada.
Só piora
Para piorar a vida de Jorge Messias no Senado, que tenta uma vaga no STF, a tese de doutorado do indicado de Lula foi a defesa do ativismo judicial como “parte da institucionalidade brasileira”.
O dinheiro sumiu
A equipe da Fazenda de Lula corre contra o tempo para fechar as contas em 2026. O secretário-executivo, Dário Durigan, deixou escapar a jornalistas que ainda faltam R$30 bilhões no orçamento do próximo ano.
Nossa conta
A CCJ do Senado resolveu triplicar um acréscimo no salário de analista do judiciário com especialização e mandar a conta para quem paga impostos. Anote aí: o relatório é do senador Eduardo Braga (MDB-AM).
Empurra
Ficou para terça-feira (2) a votação no Senado que pode avançar com o aumento da taxação de bets e fintechs. No caso das fintechs, hoje taxadas em 9%, a alíquota sobe para 15% (2028). Para as Bets, 18%.
Zero chances
Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN) duvida de fuga de Jair Bolsonaro, monitorado 24 horas por tornozeleira e agentes da Polícia Federal plantados na porta dele: “seria o MacGayver”.
Rosa com outro nome
Parte do ‘pacote de ajuda internacional’, o Fundo Monetário Internacional (FMI) celebrou ontem com a Ucrânia o que manchetes chamam de “programa” de US$8,2 (R$44) bilhões. É empréstimo e precisa ser pago.
Pensando bem…
…“pauta-bomba” seria Alcolumbre tirar da gaveta um dos muitos pedidos de impeachment de ministros do STF.
Poder sem Pudor
Chimarrão e rapadura
Para quebrar o gelo na CPI dos Correios, que investigava a roubalheira do mensalão no primeiro governo Lula (PT), o então senador e presidente da comissão, Delcídio Amaral (PT-MS), brincou com o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) quando o viu experimentar o chimarrão do deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS). “É meio amargo… “, reagiu Suassuna. Ideli Salvatti (PT-SC) não gostou da observação do colega: “Esse aí só gosta de água de coco e rapadura…”
Cláudio Humberto
@diariodopoder