Quinta-feira, 11 de dezembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 10 de dezembro de 2025
Após passar mais de um ano praticamente escondida, a líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, chegou à Noruega (ainda quarta-feira no horário de Brasília), horas depois da cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz. O presidente do Comitê Norueguês do Nobel confirmou a chegada de Machado.
Machado, de 58 anos, estava proibida de deixar a Venezuela desde 2014 pelo governo do presidente Nicolás Maduro, e o discurso de aceitação do prêmio foi proferido na quarta-feira por sua filha, em sua ausência.
O Comitê Norueguês do Nobel concedeu o prêmio a Machado por sua luta contra o que chamou de “ditadura”.
Segundo fontes do governo norte-americano ouvidas pelo jornal “The Wall Street Journal”, María Corina Machado, que vive escondida na Venezuela, deixou seu país em barco apenas 24 horas antes da cerimônia em Oslo. Ela foi então levada até Curação, no Caribe. De lá, pegou um voo para a Noruega, ainda de acordo com a reportagem.
Além do governo norte-americano, seus aliados e parentes sabiam da operação, mas também manobraram para que a viagem não se tornasse pública – isso porque María Corina Machado é buscada pelo regime do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Mais ainda, Corina Machado contou com a ajuda de “alguns membros do regime do presidente Nicolás Maduro” para concluir a missão, segundo agência americana “Bloomberg”. Uma fonte familiarizada com a empreitada afirmou à agência que tal movimento foi visto por membros do governo Trump como um sinal de disposição para cooperar caso Maduro deixe o poder.
Apesar dos esforços, ela não conseguiu chegar a tempo da cerimônia de entrega do Nobel da Paz, que ocorreu nesta manhã na capital norueguesa. A filha da opositora venezuelana, Ana Corina Machado, recebeu o prêmio em nome da mãe.
Ela confirmou que a líder da oposição estava a caminho da Noruega e indicou que a mãe pode permanecer em solo norueguês por um tempo.