Segunda-feira, 08 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de setembro de 2025
A Aldeias Infantis SOS promoveu no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, o seminário “Ação Humanitária em contextos de emergências sociais e climáticas”.
O evento, realizado na última quinta-feira (4), reuniu representantes da comunidade, autoridades e organizações parceiras para divulgar os resultados de um ano de atuação da Ação Humanitária, desenvolvida após a catástrofe climática que atingiu o Estado em 2024.
Com 58 anos de atuação em Porto Alegre, a Aldeias Infantis SOS reforçou, durante o encontro, a importância de unir esforços em torno da proteção de crianças, adolescentes e famílias em situação de vulnerabilidade. Desde o início da resposta emergencial, em maio de 2024, mais de 18 mil pessoas foram beneficiadas com a entrega de suprimentos essenciais, entre colchões, cestas básicas, kits de higiene e limpeza.
Já na segunda fase da ação humanitária, batizada de #juntospeloRS, iniciada em setembro de 2024, a Organização estruturou um plano de apoio direto a cerca de 300 famílias e 170 crianças e adolescentes das comunidades Asa Branca e Fazendinha, no bairro Sarandi, na Zona Norte da Capital, oferecendo acompanhamento psicossocial e atividades educativas em Espaços Amigáveis, que recebem crianças e jovens no contraturno escolar.
Durante o seminário, a equipe da Aldeias Infantis SOS apresentou o balanço de um ano de atuação, destacando procedimentos, estratégias e redes de apoio estabelecidas para garantir a efetividade da iniciativa. Entre os resultados, foi enfatizado o trabalho de mapeamento comunitário, que envolveu crianças, adolescentes e famílias das próprias comunidades atendidas para identificar vulnerabilidades e potencialidades locais, de modo a fortalecer a preparação para novas situações de emergência climática.
“Um dos nossos objetivos com a ação humanitária era deixar as comunidades organizadas e preparadas para eventuais situações adversas, semelhantes às de 2024. Concluímos nosso trabalho sabendo que os participantes da Ação Humanitária têm mais conhecimento para buscar seus direitos. Durante o período em que atuamos, boa parte das famílias teve acesso a direitos de forma importante, via ação da Defensoria Pública ou de outros parceiros. Também conseguimos ajudá-los a acessar os benefícios do Estado, desde a compra assistida até o aluguel social. Outra parceria importante, com a Habitat Brasil, permitiu a reforma de mais de 100 residências na Asa Branca e Fazendinha”, detalhou José Carlos Sturza de Moraes, coordenador da Ação Humanitária em Porto Alegre.
Sobre a Aldeias Infantis SOS
A Aldeias Infantis SOS é uma organização global, de incidência local, que atua no cuidado e proteção de crianças, adolescentes, jovens e famílias. Fundada na Áustria, em 1949, está presente em mais de 130 países. No Brasil, atua há 58 anos e mantém cerca de 80 projetos, em 30 localidades.