Domingo, 01 de junho de 2025

Os 128 dias de Elon Musk no poder: relembre os principais atos e polêmicas do bilionário na Casa Branca

Elon Musk deixou o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na última quarta-feira (28). O bilionário cumpriu 128 dos 130 dias máximos que são permitidos no posto de funcionário especial do governo. Após a notícia de sua saída ser vinculada pela imprensa americana, Musk postou uma mensagem em sua rede social X em tom de despedida.

“À medida que meu período como funcionário especial do governo chega ao fim, gostaria de agradecer ao presidente Trump pela oportunidade”.

O bilionário já vinha se afastando da Casa Branca desde o fim de abril. Após um começo intenso e de muita proximidade com o presidente Donald Trump, a relação de Musk com o governo começou a azedar com o anúncio do tarifaço.

O nome de Musk para comandar o DOGE (Departamento de Eficiência Governamental), foi confirmado por Trump no dia 12 de novembro, poucos dias após a confirmação de sua vitória nas eleições presidenciais americanas. O departamento, voltado para o corte de gastos da máquina pública, foi uma das promessas de campanha do republicano. E o bilionário, maior apoiador e doador de Trump durante a corrida eleitoral, sempre foi o indicado para estar à frente dele.

O trabalho de Musk junto ao governo já começou com polêmica. Durante um discurso no evento da posse do presidente, no dia 20 de janeiro, em Washington, o dono da Tesla, da SpaceX e do X subiu ao palco para comemorar e fez um gesto com as mãos em direção ao público que foi interpretado por muitos como uma saudação nazista.

Relembre como foram os 128 dias de Musk no centro do poder nos EUA:

– 21 de janeiro: em seu primeiro ato, no primeiro dia de governo Trump, o DOGE tirou do ar o site do Conselho Executivo de Diretores-Chefes de Diversidade. Na X, o departamento postou um print da página indisponível e escreveu: “Progresso”.

– 28 de janeiro: sob orientação do DOGE, Trump ordenou o congelamento de parte dos gastos federais e pediu às agências uma revisão nos recursos usados.

– 29 de janeiro: como parte da estratégia para enxugar a máquina pública, o governo anunciou um programa de demissão voluntária para os 2 milhões de servidores federais. A estimativa do DOGE era que 10% aceitariam a proposta.

– 3 de fevereiro: a sede da USAID (Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional) em Washington amanheceu fechada e os funcionários, que não haviam sido alertados de nada, foram avisados da decisão por e-mail. Em uma transmissão ao vivo, Musk falou em primeira mão sobre a determinação e chamou o órgão de “ninho de vermes”.

– 4 de fevereiro: Trump confirmou o encerramento da USAID e elogiou Musk. Disse que ele estava fazendo um bom trabalho e que a agência, que era responsável por 40% de toda a ajuda humanitária no mundo, estava repleta de fraudes.

– 6 de fevereiro: a Justiça dos EUA barrou o “ultimato” dado por Donald Trump aos servidores públicos para se demitirem de forma voluntária, anunciado no dia 29.

– 22 de fevereiro: Musk postou na rede social X que os funcionários federais dos EUA deveriam começar a prestar contas sobre seus trabalhos ou seriam demitidos, e disse que a decisão era uma orientação de Trump.

– 24 de fevereiro: com objetivo de reverter políticas de home office remanescentes da pandemia de Covid, o bilionário ameaçou colocar de licença funcionários do governo que não retornassem imediatamente ao trabalho presencial.

– 25 de fevereiro: dados publicados pelo próprio Departamento de Eficiência Governamental mostraram que quase 40% dos contratos cancelados pelo DOGE não devem gerar economia para o governo dos EUA.

– 2 de abril: o site americano “Político” foi o primeiro a falar sobre a saída iminente de Elon Musk da Casa Branca. Em reportagem com fontes supostamente do círculo íntimo do presidente americano, disse que Trump anunciou a seu gabinete que o bilionário deixaria seu cargo nas próximas semanas.

– 4 de abril: segundo uma reportagem do jornal “The Washington Post”, o bilionário vinha pressionando Donald Trump a reverter as tarifas recíprocas anunciadas dois dias antes.

– 8 de abril: Elon Musk criticou publicamente Peter Navarro, um dos principais assessores comerciais da Casa Branca, considerado o arquiteto da guerra tarifária lançada pelos EUA. O empresário chamou o economista de “imbecil” ao comentar um vídeo em que Navarro rebatia suas críticas. A Casa Branca minimizou o embate, com a porta-voz Karoline Leavitt afirmando: “Garotos são assim mesmo, vamos deixar essa briga continuar”.

As informações são do jornal O Globo.

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