Terça-feira, 05 de agosto de 2025

Os desgraçados de rua

A expressão convencional de “moradores de rua” ou a expressão politicamente correta de “pessoas em situação de rua” , são maneiras para amenizar a desgraça vivida por estes seres humanos. São palavras que tentam esconder a cruel realidade de catadores, pedintes, drogados, doentes mentais, olheiros do crime e outros desajustados socialmente, que na realidade são desgraçados de rua.

Estes flagelos humanos, miseráveis na acepção da palavra e que vão além de problema humanitário e social, são também problemas de saúde e segurança pública. Os desgraçados de rua recebem um atendimento paliativo do setor público, por consequência de uma legislação equivocada que impede ações efetivas de salvação destas pessoas.

O contingente de rua nunca se reduz, mas pelo contrário, só aumenta, pois há “incentivos” para cada vez mais ter gente na rua!

Vez por outra, ações do setor público ou pontualmente pela iniciativa privada, com acolhimentos, campanhas de agasalhos e distribuição de refeições para mitigar o problema. Com o inverno, o drama aumenta e é preciso fazer algo pois há riscos de morte por hipotermia. Isto acaba tendo que ser feito, porém sem nenhuma política de resultados.

Pessoas caridosas levam refeições para os famintos, nobre atitude, mas e a fome de amanhã? E da próxima semana?

No próximo ano teremos inverno, alguém dúvida? E voltaremos a ter campanha do agasalho como parte do calendário do nosso “eventos”. A verdadeira caridade é transformadora!

Considerar estes desgraçados, como pessoas que gostam de viver livres à céu aberto, é um erro e precisa ser corrigido. Está absolutamente comprovado que o caminho escolhido foi equivocado. É preciso humildade para reconhecer, coragem para propor mudanças e ciência para corrigir esses erros.

O assistencialismo de esmola não resolve! Temos que enxergar e nos “dar de conta” que, esses humanos não estão na rua por “querer próprio”, suas vontades foram sequestradas pela doença ou pelo vício das drogas..

Não há como avançar no processo civilizatório enquanto existir pessoas do século XXI vivendo como os cães abandonados do século XX. Nós estamos condenando humanos ao sofrimento perpétuo , onde só se libertam com sua própria morte.

(Rogério Pons da Silva é jornalista e empresário da indústria)

 

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