Segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Os Estados Unidos divulgam plano de Donald Trump para acabar com a guerra em Gaza

Os Estados Unidos divulgaram nesta segunda-feira (29) um plano de encerrar a guerra na Faixa de Gaza. A proposta prevê a criação de um conselho internacional presidido por Donald Trump, anistia a integrantes do Hamas que entregarem as armas e a possibilidade da criação de um Estado palestino.

Segundo a proposta, Gaza será transformada em uma zona “desradicalizada”, livre de grupos armados. O território passará por reconstrução com apoio de um comitê palestino tecnocrático e de especialistas internacionais. O Hamas ainda não se manifestou.

O grupo proposto pelos Estados Unidos atuará sob supervisão de um novo órgão internacional, o chamado “Conselho da Paz”, que será presidido por Trump. O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair também deve integrar a estrutura.

“Esse órgão definirá o marco institucional e administrará os recursos para a reconstrução de Gaza até que a Autoridade Palestina conclua seu programa de reformas, conforme previsto em diversas propostas”, diz o comunicado.
Em uma coletiva de imprensa, Trump afirmou que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, concordou com o plano.

Atualmente, Israel controla parte do território Faixa de Gaza, onde realiza operações militares terrestres. Enquanto isso, na prática, o governo do enclave está sob domínio de autoridades ligadas ao Hamas.

Confira alguns pontos do plano:

Fim imediato da guerra e troca de reféns e prisioneiros

O cessar-fogo ocorreria logo após a aceitação do plano.
Israel libertaria prisioneiros, enquanto o Hamas devolveria todos os reféns.
A troca incluiria também restos mortais de ambas as partes.

Ajuda humanitária e reconstrução de Gaza

Entrada imediata de alimentos, água, energia, hospitais e infraestrutura.
Equipamentos para limpar escombros e reabrir estradas seriam autorizados.
Distribuição feita pela ONU, Crescente Vermelho e outras entidades neutras.

Nova governança em Gaza

Um comitê palestino tecnocrático e apolítico assumiria a gestão local.
Esse órgão seria supervisionado pelo “Conselho da Paz”, presidido por Trump.
O objetivo é preparar o retorno da Autoridade Palestina após reformas.

Desmilitarização e anistia ao Hamas

Toda infraestrutura militar e de túneis seria destruída sob monitoramento internacional.
Integrantes do Hamas poderiam entregar armas e receber anistia.
Quem desejasse sair teria passagem segura para outros países.

Segurança internacional e futuro político

Uma Força Internacional de Estabilização treinaria a polícia palestina.
Israel se retiraria gradualmente, mantendo apenas um perímetro de segurança temporário. O plano prevê caminho para autodeterminação palestina e coexistência pacífica.

O plano prevê ainda a libertação de todos os reféns israelenses que estão sob o poder do Hamas em até 72 horas após a aceitação da proposta. Em contrapartida, Israel libertaria mais de 1.900 prisioneiros palestinos, incluindo 250 que receberam penas de prisão perpétua.

Ainda de acordo com a proposta, a ajuda humanitária seria ampliada imediatamente, com entrada de alimentos, medicamentos e materiais para reconstrução. A distribuição seria feita pela ONU, pelo Crescente Vermelho e por outras entidades internacionais.

“Ninguém será forçado a deixar Gaza. Aqueles que desejarem sair poderão fazê-lo livremente e terão direito de retorno. Encorajaremos as pessoas a permanecer e lhes ofereceremos a oportunidade de construir uma Gaza melhor.”

O comunicado indica ainda que o Hamas e outras facções ficariam proibidos de participar do governo de Gaza. Todos os túneis e fábricas de armas seriam destruídos. Uma Força Internacional de Estabilização, com apoio de países árabes, assumiria a segurança local e treinaria a polícia palestina.

A proposta deixa clara que Israel não anexaria o território da Faixa de Gaza. As Forças de Defesa de Israel se retirariam gradualmente, entregando áreas à força internacional, em um processo condicionado à desmilitarização.

“Os Estados Unidos trabalharão com parceiros árabes e internacionais para desenvolver uma ISF (Força Internacional de Estabilização), a ser imediatamente implantada em Gaza. A ISF treinará e dará suporte a forças policiais palestinas verificadas em Gaza, em consulta com Jordânia e Egito, que têm vasta experiência nessa área”, segundo o documento.

O comunicado indica que a proposta será executada mesmo com a rejeição do Hamas. Neste caso, o plano será implementado em áreas consideradas livres do grupo terrorista. A conclusão do plano indica que a Autoridade Palestina tomaria o poder de forma definitiva, o que consolidaria a criação do Estado Palestino.

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