Domingo, 05 de outubro de 2025

Os líderes do Senado decidiram que entrará na pauta de votações da semana apenas os projetos de consenso

Apenas os projetos de consenso entrarão na pauta de votações na próxima semana no Senado. A decisão foi tomada pelos líderes da Casa e abrange projetos como o da renegociação da dívida dos Estados, a compensação pela desoneração da folha de pagamentos e o estatuto da segurança privada. Temas como a legalização de jogos de azar e a regulamentação do mercado de carbono devem ficar para depois.

Há um impasse, ainda, sobre a proposta de emenda à Constituição (PEC) que abre caminhos para a anistia de partidos de multas por descumprimento de repasses mínimos para candidaturas negras, conhecia como “PEC da Anistia”. A PEC também cria um programa de refinanciamento de dívidas das legendas e dá aval para a utilização de recursos do fundo partidário para pagar multas eleitorais.

Embora o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Davi Alcolumbre (União-AP), tenha anunciado que tentará concluir a deliberação da PEC da Anistia no colegiado e em plenário na próxima quarta-feira (14), nem todos os líderes concordam com a iniciativa.

“Não há impacto neste ano, nesta eleição, então não tem motivo para votar essa matéria agora. Vai ser votado depois”, disse o líder do PSDB, Izalci Lucas (DF), depois do encontro entre os líderes da Casa. “É um tema que ficou para após eleições”, acrescentou o líder da oposição, Marcos Rogério (PL-RO).

PL dos jogos

Outros projetos pendentes, como o que trata da legalização de jogos de azar, como bingos, cassinos e jogo do bicho, também devem ser adiados por falta de entendimento. “Sobre o tema dos jogos, o encaminhamento é para após a eleição [municipal]”, disse Rogério.

O projeto que trata da regulamentação do mercado de carbono, considerado prioritário pelo governo, deve ficar para depois. O motivo é a falta de acordo com a Câmara sobre qual texto será priorizado na tramitação e qual das Casas dará a palavra final sobre o assunto.

Em função do período pré-eleitoral, os líderes decidiram que haverá “esforço concentrado”, quando os parlamentares são convocados a estarem presencialmente em Brasília para as votações, na próxima semana e na primeira semana de setembro. Nos demais períodos o sistema será remoto.

Reforma

Alcolumbre pretende segurar a designação formal do líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), como relator da regulamentação da reforma tributária até que o governo retire a urgência constitucional da matéria, que fixa a tramitação em até 45 dias.

Segundo interlocutores, Alcolumbre avalia que a urgência é injustificada e o tema deve ser votado apenas após as eleições municipais. A opinião do presidente da CCJ conta com o apoio das lideranças da Casa e do futuro relator.

“Há um apelo, que na reunião de líderes anterior já foi feito, para que se retire a urgência constitucional desse texto. Nós estamos diante de uma reforma que vai impactar o Brasil inteiro, têm pontos muito sensíveis, setores muito preocupados e que precisam ser acolhidos pelo Senado Federal em uma discussão profunda, ampla e democrática”, disse hoje o líder da oposição, Marcos Rogério (PL-RO), após reunião com os demais líderes da Casa.

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