Por Redação do Jornal O Sul | 25 de outubro de 2025
Escolhido por Lula para o STF, o advogado-geral da União, Jorge Messias, conta com dois cabos eleitorais principais para conseguir aprovar sua indicação no Senado.
Os principais ajudantes de Messias hoje são o senador Jaques Wagner (PT-BA), atual líder do governo no Senado, e o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP).
Além do fato de ser líder do governo na Casa, Wagner tem ajudado Messias porque os dois são amigos pessoais. O advogado já foi chefe de gabinete do petista no Senado.
Cezinha também é amigo de Messias, mas conta com um diferencial em relação a Wagner. O deputado é evangélico e tem usado isso para vencer resistências da oposição ao ministro.
Como a coluna revelou em primeira mão, Cezinha foi o responsável por intermediar a primeira conversa por telefone entre Messias e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).
Jorge Messias
Aos 45 anos, Jorge Messias construiu sua carreira jurídica com forte ligação com o PT e o presidente. Desde que assumiu a AGU em 2023, sua atuação tem sido elogiada pela solidez na defesa dos interesses do governo perante a Justiça. A seu favor, conta o conhecimento profundo das leis e, surpreendentemente, o fator religioso: o fato de ser evangélico pode ajudar a fortalecer a comunicação do governo com esse segmento da população.
Uma curiosidade ligada ao seu nome remonta a 2015, quando, em um áudio divulgado, a então presidente Dilma Rousseff o mencionava, e a baixa qualidade do som fez com que muitos pensassem que ele era chamado de “Bessias”.
O contraponto de Rodrigo Pacheco
Apesar da preferência de Lula por Messias, há uma pressão considerável por outro nome: o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Político e empresário influente, Pacheco comandou o Senado em momentos cruciais da história recente do Brasil, como o auge da pandemia e as tentativas de ruptura institucional ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Um de seus principais cabos eleitorais é Davi Alcolumbre (União-AP), atual presidente do Congresso, cujo apoio também é valioso para que Lula consiga mais suporte do União Brasil ao governo.
Critérios
Aliados indicam que Lula deve manter os mesmos critérios de suas indicações anteriores: a escolha recairá sobre alguém que demonstre coragem para enfrentar temas sensíveis na opinião pública e, principalmente, com quem o presidente tenha liberdade e confiança para conversas diretas.
Auxiliares avaliam que Messias preenche esses requisitos e adiciona o ativo de ser evangélico. Além disso, Messias conquistou a confiança de Lula desde a transição de governo, atuando na coordenação jurídica e na reestruturação da Esplanada. Com informações dos portais Metrópoles e Terra.
