Quarta-feira, 01 de outubro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 1 de outubro de 2025
O deputado federal Osmar Terra (PL) traz um questionamento relevante sobre a obrigatoriedade no Brasil da vacinação contra covid-19 em crianças pequenas “enquanto todos países da Europa, Ásia, além de Canadá, EUA, México e 90% dos demais nações das Américas não obrigam”. Qual a justificativa técnica que os outros ignoram?, pergunta Osmar Terra (PL-RS).
Médico, ex-secretário estadual da Saúde do Rio Grande do Sul nos governos de Germano Rigotto e Yeda Crusius, ele acrescenta:
“Na maioria dos países, incluindo Estados Unidos, Europa e outros na América Latina, a vacinação para crianças é recomendada (não obrigatória), com foco em grupos de risco. Mandatos globais para covid-19 diminuíram significativamente pós-pandemia, priorizando vacinas tradicionais infantis”.
A vacinação contra covid-19 para crianças é obrigatória em poucos países do mundo, com base em políticas de imunização de rotina, atualizadas até 2025. Especificamente:
* Costa Rica: obrigatória para crianças a partir dos 3 anos de idade, como parte da imunização infantil.
* Equador: obrigatória para todas as pessoas acima de 5 anos, incluindo crianças.
Um estudo de 2025, informa Osmar Terra, indica que há três países na região das Américas (membros da Organização Pan-Americana da Saúde) onde a vacinação contra covid-19 é exigida no calendário infantil de rotina. Em outros países, como Cuba, há campanhas em massa com alta cobertura (acima de 95% para crianças de 2 a 18 anos), mas não há evidência clara de obrigatoriedade.
Ratinho Jr. desponta como nome para substituir Tarcísio na eleição para o Planalto em 2026
O governador do Paraná, Ratinho Jr., é o nome cotado para ocupar o espaço de Tarcísio de Freitas como pré-candidato à Presidência da República. O Estadão revelou ontem que conversou com aliados do governador no Congresso e na Assembleia Legislativa do Paraná, além de ouvir auxiliares no Palácio Iguaçu. Segundo esses interlocutores, Ratinho está decidido a concorrer ao Palácio do Planalto no ano que vem e descarta outras possibilidades no plano eleitoral.
Ouvido, Ratinho Jr. disse que “mantém foco em cumprir sua agenda como governador do Paraná e que as discussões em torno da eleição presidencial vão ocorrer, no futuro, em momento oportuno e construído após consenso dentro do PSD”.
Sanderson defende lei para incluir as facções criminosas como organizações terroristas
O deputado federal Ubiratan Saunderson (PL) chama a atenção para o projeto de lei (PL 4.708, de 2025) que ele protocolou na Câmara, mudando a Lei Antiterrorismo, “que é uma lei lá de 2016, para incluir as facções criminosas brasileiras como organizações terroristas”. Sanderson justificou a proposta, que atualmente está sob análise na Comissão de Segurança Pública:
“Todos nós sabemos que as facções, que o crime organizado entrou já há muito tempo dentro da política e também do estamento público, inclusive no Poder Judiciário e em setores importantes da administração pública. Imagine um agente de uma facção criminosa atuando dentro da Polícia Federal ou dentro do Poder Judiciário ou dentro do Ministério Público. Isto é algo inadmissível e está acontecendo. Por isso, nós precisamos identificar esses faccionados, achar maneiras legais de isolá-los e, depois de um processo, encaminhá-los aos tribunais”, denuncia.
Ronaldo Nogueira denuncia que governo quer tributar setor de serviços para compensar isenção do IR
O ex-ministro do Trabalho deputado federal Ronaldo Nogueira (Republicanos) alertou ontem na tribuna da Câmara em Brasília que setores do governo querem tributar ainda mais o setor produtivo, para compensar o aumento na faixa de isenção do Imposto de Renda para pessoas físicas. Nogueira defendeu a isenção até R$ 5 mil e explicou que “na verdade, presidente, nós poderíamos conceder a isenção à faixa de até R$ 7 mil. O valor de R$ 5 mil é uma iniciativa importantíssima que deveria ter acontecido há muito tempo. Porém, nós precisamos ficar atentos e não concordar com nenhuma iniciativa que busque compensar esta isenção, onerando mais o setor de serviços, que representa 43% das ocupações com renda neste País, importantíssimo para a economia brasileira”.
O deputado lembra que “o setor de serviços que o governo quer tributar ainda mais, não é de milionários. São trabalhadores que sustentam as suas famílias, a economia deste País e já pagam impostos além do que é possível para exercerem a sua atividade econômica. Portanto, o governo deve buscar outras iniciativas, por exemplo, evitando gastos desnecessários, muitas vezes para sustentar uma elite da máquina pública e também para o pagamento dos juros da dívida deste País, algo fora de qualquer razoabilidade”.
Direto ao ponto: fundo eleitoral vai a R$ 4,9 bilhões
A Comissão Mista de Orçamento aprovou ontem em votação simbólica, o aumento do fundo eleitoral. Do R$ 1 bilhão previsto no orçamento de 2026, o fundo para os partidos custearem despesas da campanha eleitoral passará para R$ 4,9 bilhões.
O relator da instrução normativa sobre o tema, deputado Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL), afirmou que a proposta do Executivo será ajustada para que o montante se iguale ao registrado nas eleições municipais de 2024.