Quarta-feira, 06 de agosto de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 5 de agosto de 2025
A causa oficial da morte de Ozzy Osbourne foi revelada quase duas semanas após o falecimento do astro do rock, ocorrido no dia 22 de julho, aos 76 anos. De acordo com o atestado de óbito, a lenda do Black Sabbath morreu em decorrência de um “infarto agudo do miocárdio” e de uma “parada cardíaca fora do hospital”.
Qual foi a causa da morte de Ozzy Osbourne?
O documento, segundo o jornal inglês The Sun, também aponta como “causas conjuntas” a presença de doença arterial coronariana e de Parkinson com disfunção autonômica – quadro que já havia sido diagnosticado publicamente pelo músico nos últimos anos.
Pioneiro do heavy metal e conhecido pelos fãs como “príncipe das trevas”, Ozzy morreu há duas semanas. O roqueiro, que sofria de doença de Parkinson, fez o show de despedida de sua carreira em 5 de julho, com o grupo Black Sabbath, para um estádio lotado em sua cidade natal e outros milhares de espectadores que acompanharam o evento pela internet.
“Morreu cercado de amor”, disse um comunicado de sua família na ocasião. “É com mais tristeza do que meras palavras podem expressar que temos que informar que nosso amado Ozzy Osbourne faleceu esta manhã. Ele estava com a família e cercado de amor. Pedimos a todos que respeitem a privacidade da nossa família neste momento”, diz a nota.
Quem era Ozzy Osbourne?
John Michael Osbourne nasceu em Birmingham, na Inglaterra, em 1948. Ainda na infância, recebeu o apelido de Ozzy (variação de Osbourne) que o acompanharia ao longo da vida. Antes de iniciar sua carreira como cantor, passou por empregos curiosos, como afinador de buzinas de carros, além de trabalhar num necrotério e num abatedouro. Chegou a cometer pequenos furtos, que o levaram a prisão.
Aos 20 anos, Ozzy formou sua primeira banda. Inicialmente batizada de The Polka Tulk Blues Band, ela mudou de nome para Polka Tulk e depois para Earth. Como já havia outra com o mesmo nome, em 1969 eles a rebatizaram para Black Sabbath, a partir do título de um filme de terror — percebiam já ali o apelo do medo e da ambiência e temática assustadora sobre a plateia.
Ao lado de Tony Iommi (guitarra), Bill Ward (bateria) e Geezer Butler (baixo), Ozzy estreou em disco com o álbum “Black Sabbath”, em 1970 — considerado um marco fundador do heavy metal. O cantor seguiria com a banda até 1978, quando eles lançaram, ainda com ele, o álbum “Never say die!” — nesse período, foram lançados clássicos do grupo como “Paranoid”, “War pigs”, “Changes” e “Sabbath bloody Sabbath”.
Na sequência, o cantor fundou o Blizzard of Ozz, que emplacou os hits “Crazy Train” e “Mr. Crowley”. Com a banda, Ozzy começou a criar a imagem que marcou sua persona ao longo dos anos 1980. Um fã atirou um morcego no palco e ele, achando que era de plástico, mordeu sua cabeça. O incidente deu início a seu histórico de comedor de morcegos satanista e lhe gerou alguns problemas de saúde — boatos sobre sua morte chegaram a circular na época.
Sua postura no palco gerava polêmica e fascinava os fãs. Mas Ozzy sempre fez questão de dizer que tudo era pura performance cênica. Quando esteve no Brasil em 1985, para se apresentar no Rock in Rio, ele chegou a se incomodar com a insistência dos jornalistas em falar de satanismo e ocultismo:
“A minha transa com o demônio não é transa nenhuma. Faço música para divertir as pessoas e fazer a alegria de todos que gostam disso. Não entendo essa insistência em falar de demônios. As pessoas estão exagerando muito nessa história. Minha imagem não tem nada a ver com a violência, é coisa teatral, como o carnaval, por exemplo”, disse ele na ocasião, antes de responder, sem entusiasmo, a pergunta “e se jogarem um gato ou cachorro no palco da Cidade do Rock?”: “Eu como”.