Sexta-feira, 26 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 26 de setembro de 2025
Membros da CPMI do INSS estão intrigados com os caminhos que levam a Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado. A coluna revelou que Paulo Boudens, seu ex-chefe de gabinete, está aboletado no desconhecido Conselho de Estudos Políticos do Senado, e ganha R$31,2 mil mensais. Outro homem de Alcolumbre encostado no conselho é Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que fixou 100 anos de sigilo para dados que permitiram rastrear as andanças de Careca do INSS no Senado.
Siga o dinheiro
Boudens está na mira da CPMI por haver recebido R$3 milhões da Arpar, empresa enrolada na rapinagem com suspeita da PF de lavar o dinheiro.
Reduto do PSD
Apesar dos ares meio tabajara do conselho, dois senadores ainda aparecem na composição: além de Pacheco, Irajá (PSD-TO).
Alcolumbre outra vez
A data da composição é de janeiro de 2023, quando Pacheco era presidente do Senado, alçado ao posto sob benção de Alcolumbre.
Tudo depende
O Regimento Interno do Senado, no artigo 59, até veda o presidente da Casa de participar de comissões, mas nada diz sobre conselhos.
Irmãos Batista nada tiveram com ‘química’ na ONU
O rico lobby de Joesley e Wesley Batista, controladores da holding J&F, plantou em alguns veículos que teria sido obra da dupla o encontro Trump-Lula, no momento em que o brasileiro saía do plenário da ONU, após discursar, e entrava o americano, orador seguinte. Tudo mentira. O encontro era previsível e a troca cordial de cumprimentos, de alguns segundos, é frequente entre oradores que se sucedem na longa lista de chefes de Estado e de Governo presentes à assembleia-geral da ONU.
Civilidade
Trump e Lula poderiam ignorar um ao outro, mas, malandros, optaram pelo cumprimento rápido, de 20 segundos, tipo “vamos conversar?”.
TV sem som
Também é falsa a informação, difundida na mídia petista, de que Trump “acompanhou” o discurso na TV do corredor de acesso ao plenário.
Só monitor
A TV só mostra, sem som, quem ocupa a tribuna. Como a agenda é apertada, sinaliza quando o orador seguinte deve ir para o plenário.
Prêmio não é castigo
O ministro do STJ, Mauro Campbel Marques, corregedor nacional de Justiça, reafirmou ontem ao Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, sua crítica à aposentadoria compulsória de juízes condenados. É o primeiro magistrado importante a considerar isso um prêmio e não um castigo.
Duplamente injusto
Campbell defende que o Congresso acabe o privilégio compulsório, também adotado no ministério público. Até porque não se exige dos “punidos” observar as regras de aposentadoria impostas aos cidadãos.
Irresponsabilidade
Segundo o Portal da Transparência, o governo Lula já gastou R$3,77 trilhões, este ano. A ferramenta Gasto Brasil, da Confederação das Associações Comerciais, aponta um número maior: R$3,83 trilhões.
Especialista em taxar
Lula disse que “é direito” do presidente Donald Trump taxar produtos nos EUA para evitar uma inundação de produtos estrangeiros no país. “De vez em quando eu faço isso no Brasil”, admitiu.
Tamanho do canhão
O assunto nas redes mundo afora, ontem, foi a alta aprovação de Donald Trump (57%). Na rede social X, 1,6 milhão de posts citaram o tema em poucas horas. A isenção do IR no Brasil envolveu apenas 46 mil posts.
Repeteco
Para quem acha que se livrou da CPMI do INSS só porque já participou das oitivas, o seu presidente, senador Carlos Viana (Pode-MG), deu a letra: se as provas o desmentirem, o depoente será convocado de novo.
É solidariedade
Caiu do cavalo quem achou que Tarcísio de Freitas (Rep) iria articular algo com Jair Bolsonaro durante encontro com o ex-presidente. O governador de São Paulo disse que apenas visitaria o amigo.
Foi avisado
Como os leitores desta coluna já sabiam, não corria o risco de o projeto da anistia ser votado com Luís Roberto Barroso na presidência do STF. Não deu outra. Ontem foi a última sessão presidida pelo ministro.
Pensando bem…
…o relator da CPMI do INSS, deputado Alfredo Gaspar (União-AL) ontem lavou e enxaguou a alma dos aposentados roubados.
PODER SEM PUDOR
Instrumento proibido
Na presidência da sessão da Câmara, certa vez, o deputado Inocêncio Oliveira (MDB-PE) se irritou quando o deputado João Fontes (PDT-SE), então ex-rebelde petista, mostrou uma ratoeira para pegar os “300 picaretas”, como Lula se referia aos parlamentares. “Temos que manter a ética! Retire esse instrumento da tribuna!” E cortou o microfone de Fontes.
(Com Rodrigo Vilela e Tiago Vasconcelos – Instagram: @diariodopoder)