Sábado, 02 de agosto de 2025

Pai diz que a deputada federal Carla Zambelli está sem os remédios na prisão: “Muito frágil”

Presa na Itália desde a última terça-feira (29), a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) está sem seus medicamentos na prisão e muito frágil, de acordo com o pai da parlamentar, João Hélio Salgado. Zambelli, que, segundo o pai, sofre de desmaios, passou por audiência de custódia na sexta-feira (1º).

João Hélio, que estava com a filha no momento da prisão, diz estar apreensivo e que ainda não conseguiu falar com Zambelli. Segundo ele, a parlamentar tem mais de 10 doenças – apesar de não ter as nomeado. Por fim, João afirma que tem esperanças de conseguir vê-la.

A deputada federal foi presa na terça, em Roma, na Itália. A informação foi anunciada pelo deputado italiano Angelo Bonelli – que informou às autoridades o endereço em que a parlamentar estava hospedada – e confirmada pelo Ministério da Justiça brasileiro.

A parlamentar saiu do Brasil no dia 25 de maio, poucos dias após ser condenada pela Suprema Corte, por via terrestre, pela fronteira com a Argentina, na região de Foz do Iguaçu (PR). Zambelli seguiu de carro até Buenos Aires e, de lá, embarcou para um destino fora da América do Sul.

Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), em 17 de maio deste ano, a 10 anos e 8 meses de prisão. A decisão se baseou na participação da parlamentar na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023, e na inserção de documentos falsos na plataforma.

A sentença inclui, ainda, o pagamento de indenização no valor de R$ 2 milhões, a ser quitada solidariamente por Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto. Ambos foram considerados culpados pelos crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

Além das penas de prisão, o STF determinou que Carla Zambelli perca o mandato parlamentar. No entanto, essa medida só será aplicada após o trânsito em julgado do processo, quando não houver mais possibilidade de recurso.

Apesar da condenação, os então advogados da deputada protocolaram recurso contra a decisão da Primeira Turma do STF. No documento, alegam cerceamento de defesa, sustentando que não tiveram acesso completo a provas relevantes do processo, como os cerca de 700 gigabytes de dados armazenados na plataforma “mega.io”. No entanto, a equipe jurídica da deputada deixou o caso após a parlamentar sair do Brasil.

Após a confirmação de que ela estava no exterior, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou sua prisão preventiva sob a justificativa de que as ações de Zambelli e do hacker Walter Delgatti comprometeram a segurança do Poder Judiciário e colocaram em risco a integridade dos sistemas da Justiça brasileira.

O pedido foi acatado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que também determinou a inclusão de Zambelli na lista de procurados da Interpol, por meio da chamada “difusão vermelha”. (Com informações do portal de notícias Metrópoles)

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