Quarta-feira, 04 de dezembro de 2024
Por Redação Rádio Pampa | 21 de abril de 2022
Países do G20 concordaram preliminarmente em estabelecer um fundo global de prontidão para pandemias, que deve ser abrigado no Banco Mundial.
Estados Unidos e Indonésia têm pressionado por um fundo como esse para ajudar o mundo a se preparar melhor para lidar com futuras pandemias, mas outros países temem que o fundo possa enfraquecer a Organização Mundial de Saúde (OMS) e outros mecanismos sanitários globais.
No entanto, um comunicado emitido pela Indonésia, que está presidindo o G20, após reuniões de ministros financeiros em Washington esta semana, confirmou que o G20 “chegou a um consenso” para estabelecer um novo fundo para lidar com o que chamou de descompasso de financiamento para prontidão, prevenção e ação em pandemias.
O texto diz que a opção mais eficiente seria um fundo financeiro intermediário abrigado no Banco Mundial, e o objetivo é finalizar detalhes até a reunião dos ministros da Saúde do G20 em junho.
A OMS e o Banco Mundial estimaram no começo desta semana que o descompasso anual em financiamento de prontidão a pandemias é de 10,5 bilhões de dólares, e qualquer fundo de prontidão precisaria ser financiado por cinco anos, o que sugere um pedido por 50 bilhões de dólares.
No entanto, o G20 não deu detalhes sobre o tamanho do novo fundo ou sobre o papel da OMS nele.
Putin
A Indonésia, anfitriã do G20, afirmou nesta quinta-feira (21) que a Rússia ainda é um dos convidados para a reunião da cúpula em 15 e 16 de novembro em Bali. Os convites a todos os chefes de Estado para a reunião foram enviados meses atrás. Segundo Sri Mulyani, ministro das Finanças da Indonésia, a decisão não será revertida.
“Convidar um chefe de Estado não pode ser como ‘ah, amanhã teremos um G20 então nós podemos enviar o convite [agora]’. Enviamos convites naquela época, e isso já foi enviado. Agora, todos os países do G20 receberam o convite”, argumentou Mulyani.
Na última quarta (20), ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais de vários países saíram de uma reunião do G20, em Washington, quando o ministro das Finanças russo, Anton Siluanov, começou a se pronunciar virtualmente. As autoridades estavam reunidas “para discutir o impacto do conflito na Ucrânia sobre as condições econômicas globais”.
No começo desta semana, o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, afirmou que o Brasil defende a presença do presidente russo, Vladimir Putin, na reunião de cúpula do G20. Para ele, a exclusão da Rússia funcionaria como uma “censura” e não ajudaria no fim da guerra na Ucrânia.