Quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Papada: o que realmente funciona para eliminar e definir o contorno facial

Nunca se valorizou tanto um contorno facial definido. Uma rápida visita ao TikTok mostra mandíbulas quase afiadas de tão marcadas, sempre acompanhadas de dicas para conquistar esse resultado. Mas, nesse cenário, há um grande desafio: a papada.

“A papada não é apenas gordura localizada ou flacidez de pele. Está relacionada a diversos fatores, incluindo firmeza da pele, quantidade de gordura superficial e profunda, posicionamento dos músculos, tamanho da glândula submandibular e até projeção do queixo. Muitas vezes, é uma combinação de todos esses elementos”, explica Paolo Rubez, cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

A compreensão equivocada sobre a papada leva muitas pessoas a buscarem tratamentos ineficazes, gerando frustração. Isso inclui desde soluções caseiras, sem eficácia comprovada, até procedimentos cirúrgicos, que funcionam desde que indicados corretamente de acordo com a causa do problema. Para conquistar um contorno definido, é fundamental saber o que realmente funciona para cada caso.

Opções em casa

A verdade é que os tratamentos caseiros têm eficácia limitada. Por exemplo, faixas modeladoras prometem modelar o rosto durante a noite. Embora ofereçam algum efeito temporário, não causam mudanças estruturais permanentes. “A compressão pode reduzir o inchaço, dando impressão de um contorno mais fino, mas em algumas horas tudo volta ao estado original”, explica Natalia Cymrot, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP).

Alguns produtos alegam ainda estimular o colágeno. “O colágeno é uma macromolécula e não há evidência de que, em contato com a pele, consiga penetrar profundamente para remodelar o contorno facial”, complementa Wellerson Mattioli, cirurgião plástico e diretor da Clínica Moderna Sculpt, membro titular da SBCP.

Massagens faciais, gua sha e rollers também atuam apenas de forma temporária, graças à drenagem linfática e vascular. “Essas ferramentas aumentam a circulação, fornecendo mais oxigênio e nutrientes aos tecidos e reduzindo o inchaço”, afirma Lilian Brasileiro, médica e membro da SBD.

Outra técnica popular, o mewing — exercícios com língua e boca para redefinir o contorno — também não tem comprovação científica. “Eles trabalham apenas a musculatura, então dificilmente reduzem a papada, que envolve várias camadas da região”, observa Paolo Rubez.

No ambiente doméstico, a melhor estratégia é a prevenção. “Evitar o efeito sanfona é a forma mais eficaz de prevenir a papada, mas a genética também conta. Há pessoas de 15 anos que já apresentam papada”, ressalta Carlos Manfrim, cirurgião plástico membro da SBCP e da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS). “Manter sono, alimentação e hidratação adequados ajuda a melhorar e manter o contorno facial, evitando modismos e reduzindo o inchaço”, acrescenta Natalia Cymrot.

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