Sábado, 20 de abril de 2024

Para economistas, o PIB do Brasil ficará acima de 2% no ano que vem

Os dados do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no terceiro trimestre e as revisões para cima nos números dos 18 meses anteriores confirmam a expectativa de uma economia um pouco mais dinâmica neste segundo semestre de 2019 e em 2020, de acordo com economistas.

“Um crescimento acima de 2% no ano que vem já é factível, pois temos uma melhora na recuperação”, diz o economista Affonso Celso Pastore, da consultoria AC Pastore.

Ele reforça que a retomada segue puxada pelo consumo das famílias e pela volta, ainda que lenta, do investimento privado doméstico – que historicamente foi o grosso do investimento privado no País – e sem perspectiva de investimentos públicos para os próximos dois anos.

Solange Srour, economista-chefe da ARX, destaca que o investimento pelo lado da demanda é a boa surpresa. “Vem forte pelo segundo trimestre, puxado pela construção civil, retomando com mais força em São Paulo. Esperamos que se espalhe pelo Brasil.”

Apesar de a liberação do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) contribuir para um resultado melhor, outro destaque é que o PIB cresce por força da atuação do setor privado, sem os grandes estímulos fiscais do governo.

“O consumo das famílias foi bastante forte, em parte pelo FGTS liberado em setembro e em parte pela melhora do crédito e pela inflação em baixa. O impacto deve ficar maior para o quarto trimestre”, diz Srour. Ela projeta que o PIB de 2019 deva fechar em 1,1% ou 1,2% e ficar em 2,5% no ano que vem.

Segundo o economista Luka Barbosa, do Itaú-Unibanco, já está no radar a projeção de um crescimento de 0,7% do PIB no último trimestre, que pode levar o PIB deste ano a 1,2% e dar um impulso inicial para que em 2020, quando as condições tendem a ser melhores, haja expansão de 2,2%.

“A economia está indo de um ritmo de 1,5% para o de 2%. Não está mais estagnada. É uma aceleração gradual e bastante saudável, com crescimento de crédito privado, para consumidores e empresas, sem estímulos fiscais, o que seria insustentável”, diz.

José Ronaldo Souza Júnior, diretor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), compartilha da mesma leitura e trabalha com a projeção de um PIB acima de 2% para o ano que vem. “Estamos revendo as projeções, mas o que dá para dizer é que no quarto trimestre de 2019 deve ocorrer um crescimento maior e, para o ano que vem, estamos projetando um número acima de 2%.”

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