Sábado, 05 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 5 de julho de 2025
Quase um ano depois dos atletas olímpicos, os primeiros banhistas mergulharam neste sábado, 5, nas águas do Sena, bem no centro de Paris, que autorizou o banho no rio pela primeira vez desde 1923.
Ainda não eram 8h da manhã e dezenas de pessoas, com boias amarelas presas à cintura, já aguardavam o grande momento em uma das três áreas designadas para banho, equipadas com escadas, chuveiros e vestiários.
Perto da Torre Eiffel ou em frente à Île Saint-Louis, perto da Catedral de Notre-Dame, residentes e turistas poderão fazer uso gratuito dessas instalações delimitadas, que oferecerão um espaço de lazer e refresco em Paris.
Prometida como um legado dos Jogos Olímpicos, a possibilidade de se banhar no Sena também responde a uma necessidade de adaptação às mudanças climáticas na capital francesa, que nesta semana atingiu quase 40 ºC devido a uma onda de calor na Europa.
O acesso às áreas é gratuito e funcionará dentro dos horários estabelecidos até 31 de agosto, se o clima permitir. No entanto, haverá uma capacidade restrita, entre 150 e 700 pessoas, dependendo do local.
Testes
As autoridades investiram mais de 1,4 bilhão de euros (cerca de R$ 8,96 bilhões) para melhorar a qualidade da água do rio, com obras de captação de águas residuais para evitar que desaguem nele.
Mas, como as águas pluviais e as residuais se misturam em uma única rede, a única solução em caso de chuvas abundantes é despejá-las no Sena.
Isso ocorreu um ano atrás, durante os Jogos Olímpicos, o que causou atrasos em algumas provas programadas no rio porque a água não estava adequada para banho.
Como nas praias, um sistema de bandeiras (verdes, amarelas e vermelhas) informa sobre o fluxo e a qualidade da água do rio, que será analisada com sondas instantâneas e amostras coletadas. Se houver bandeira vermelha, o banho será proibido.
As três áreas abertas também contarão com forte vigilância, a ponto de os banhistas precisarem passar por um teste para provar que podem nadar sem ajuda.
(Com informações do O Estado de S.Paulo)