Segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Partidos políticos e planos para 2024: hoje as três federações formadas são PT-PCdoB; PSDB-Cidadania; e PSOL-Rede

Enquanto siglas do Centrão negociam um acordo para formar uma superfederação, partidos que já adotaram o modelo desde o ano passado tentam superar divergências para manter as parcerias. As tratativas para definição de candidaturas nas eleições municipais têm representado um dos principais desafios.

Hoje existem três federações formadas: PT-PCdoB-PV; PSDB-Cidadania e PSOL-Rede. No caso do PT, que é bem maior que as outras duas legendas, o poder de negociação do partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva acaba prevalecendo na maior parte dos acordos eleitorais, o que tem incomodado as outras siglas.

Em São Paulo, por exemplo, há resistência do ex-deputado Eduardo Jorge, do PV, à candidatura do deputado Guilherme Boulos (PSOL) a prefeito de São Paulo, algo que é apoiado pelo PT. Por outro lado, o próprio presidente nacional do PV, José Luiz Penna, apoia Boulos e inclusive faz parte da equipe de sua pré-campanha.

Outro exemplo de divergência entre PT e PV está na cidade mineira de Juiz de Fora, onde a prefeita petista Margarida Salomão vai tentar a reeleição, mas enfrenta concorrência interna na candidatura do ex-deputado Júlio Delgado (PV). Pelo tamanho do PT e pelo fato de Margarida já estar no cargo, a tendência é que prevaleça a candidatura petista.

Estratégias

Em outra situação, a federação PSDB-Cidadania tenta se reposicionar no espectro político após o pífio desempenho eleitoral do ano passado, mas colocam a aliança à prova com estratégias diferentes e conflitos internos.

De um lado, o PSDB trocou de comando como uma estratégia de “sair do muro” e se posicionar de forma mais clara na oposição, carregando mais as tintas nas bandeiras de direita. Saiu o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e entrou o ex-governador de Goiás Marconi Perillo.

Do outro, o Cidadania vive uma rebelião interna que dividiu a sigla entre a ala que defende a adesão ao governo Lula e a que defende um posicionamento mais crítico. O ex-deputado Roberto Freire saiu do comando da legenda pela primeira vez na história do partido e deu lugar a Comte Bittencourt. Freire é crítico ao PT, enquanto Bittencourt, após assumir, abriu um canal de diálogo com o Planalto.

Os dois partidos ainda passam por divergências. Em São Paulo, por exemplo, há divisão dentro do próprio PSDB entre ter candidato próprio ou apoiar a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Já no Cidadania o apoio a Nunes está mais consolidado. Outro exemplo de desunião está em Belo Horizonte, onde os tucanos já lançaram o ex-deputado João Leite como pré-candidato a prefeito. Por sua vez, o Cidadania avalia lançar o radialista Eduardo Costa, que é crítico ao deputado Aécio Neves.

O presidente do PSDB, Marconi Perillo, disse que os tucanos montaram uma comissão para buscar soluções para os conflitos entre as duas siglas.

“Ele (Comte Bittencourt) é um cara experiente, foi deputado várias vezes no Rio. Designei o Bruno Araújo, ex-presidente nacional e presidente da federação, bem como o líder da Câmara, Adolfo Viana, para integrarem a comissão com Cidadania para avaliar todos os casos que mereçam atenção no sentido de a gente dirimir conflitos”, disse Perillo.

 

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