Quinta-feira, 24 de abril de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 24 de novembro de 2022
As passagens aéreas voltaram a cair de preço em novembro, após dois meses de altas, e registraram queda de 9,48% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação, divulgado nesta quinta-feira, 24, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em outubro, as passagens aéreas tiveram alta de 28,17%, sendo o terceiro item que mais encareceu naquele mês. Em novembro, no entanto, o produto é o segundo com maior queda de preço, atrás apenas do melão, que ficou 9,96% mais barato neste mês.
Entre os itens que ficaram mais baratos, são destaques também a abobrinha (-9,22%), a manga (-7,08%) e o repolho (-6,66%).
Confira os 10 itens que mais caíram de preço em outubro:
1) Melão: – 9,96%
2) Passagens aéreas: -9,48%
3)Abobrinha: -9,22%
4) Manga: -7,08%
5) Repolho: -6,66%
6) Leite longa vida: -6,28%
7) Feijão mulatinho: -4,50%
8) Feijão fradinho: -3,78%
9) Peito bovino: -3,42%
10) Feijão carioca: -3,39%
Altas
Apesar das quedas, o IPCA-15 registrou alta de 0,53% em novembro, após ter subido 0,16% em outubro. À exceção de Comunicação, que ficou estável, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados encareceram em novembro. Os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,54%) e Saúde e cuidados pessoais (0,91%), ambos com 0,12 pontos percentuais.
O tomate foi o item que apresentou maior aumento de preço em novembro, com alta de 17,79%. Todos os dez itens que mais encareceram no mês são alimentos. Após o tomate, goiaba (15,41%), cebola (13,79%) e banana-maçã (13,42%) seguem a lista.
Confira os 10 itens que mais aumentaram de preço em novembro
1) Tomate: 17,79%
2) Goiaba: 15,41%
3) Cebola: 13,79%
4) Banana-maçã: 13,42%
5) Pepino: 10,97%
6) Pera: 10,79%
7) Tangerina: 9,83%
8) Batata-inglesa: 8,99%
9) Morango: 8,62%
10) Mamão: 7,83%.
IPCA-15
Passado o efeito do corte de impostos sobre combustíveis, energia e telecomunicações, os preços da economia voltaram a acelerar no País. O IPCA-15, prévia da inflação oficial, registrou alta de 0,53% em novembro, após ter subido 0,16% em outubro. A taxa em 12 meses desacelerou de 6,85% em outubro para 6,17% em novembro.
“Daqui para frente, o que devemos ver é uma inflação desacelerando, mas em ritmo lento e em patamar ainda elevado”, avaliou Claudia Moreno, economista do C6 Bank, em nota.
Com o resultado anunciado nesta quinta, o IPCA-15 acumulou um aumento de 5,35% de janeiro a novembro deste ano.
O economista Leonardo Costa, da gestora de recursos ASA Investments, prevê uma alta entre 0,50% e 0,60% para o IPCA no fechamento do mês de novembro. Ele espera que o índice absorva os descontos das campanhas de liquidações da Black Friday, mas também prevê pressão maior dos preços dos alimentos. A projeção da ASA Investments é de uma alta de 6,0% para o IPCA em 2022 e de 5,0% em 2023, que tem viés de alta.
“Estamos sentindo que pode ocorrer uma volta dos impostos sobre combustíveis, PIS/Cofins ou mesmo o ICMS”, justificou Costa.