Domingo, 09 de novembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 8 de novembro de 2025

Na tarde de 9 de novembro, às 16 horas, a Praça de Autógrafos Maurício Sirotsky Sobrinho será palco de uma estreia literária que carrega o peso leve da poesia e a densidade do tempo vivido. O produtor cultural Pedro Manoel Osório lança seu primeiro livro, O Tempo Não Faz Perguntas, publicado pela Editora AGE, durante a 71ª Feira do Livro de Porto Alegre. A obra reúne 52 poemas escritos ao longo dos últimos dois anos, e já chega cercada por vozes que reconhecem em Pedro um poeta que não apenas escreve — mas escuta o mundo.
Com apresentação de Luiz Coronel, orelha de Élvio Vargas e posfácio de Ricardo Silvestrin, o livro se constrói como um mosaico de temas que atravessam o cotidiano, o amor, a infância, a criação e, sobretudo, o tempo. “A infância é um conto de fadas que passamos o resto da vida tentando reescrever”, escreve Pedro em Fábulas, um dos poemas que melhor traduz o espírito da obra: uma tentativa de costurar o passado com o fio da linguagem.
Luiz Coronel, ao apresentar o livro, afirma: “O surgimento de um poeta é algo mais espantoso do que a descoberta de uma nova galáxia.” E completa: “A poesia de Pedro Manoel Osório trouxe as coisas do mundo, paixão e delírio. Agora é tudo com ele.” Já Élvio Vargas observa que o autor “manipula com destreza sua alquimia de palavras” e “cerze com naturalidade um eu lírico exposto agora”. Ricardo Silvestrin, por sua vez, destaca o poema Sentenças peçonhentas como exemplo da força metafórica da obra: “Nesse espaço entre o dito e o sugerido, o poema se fixa na página.”
Pedro Manoel Osório não se apresenta como alguém que chega para explicar o mundo, mas para perguntar com silêncio. O título do livro, O Tempo Não Faz Perguntas, é uma provocação poética: se o tempo não pergunta, cabe ao poeta interrogar. E ele o faz com versos como: “A vida é uma obra-prima em permanente esboço” ou “A poesia é uma luta – digna, mas perdida – contra a brevidade da vida.”
A obra também se abre ao cotidiano com imagens delicadas e potentes: “O rosto do domingo é um sorriso de criança no almoço em família” ou “Essa louça da vida que a gente lava, lava, lava e se espatifa no chão.” Há espaço para o amor, como em Hemisfério da felicidade: “Teus braços abertos eram meridianos e paralelos envolvendo meu mundo inteiro.” E para a criação poética: “É a poesia, lenha pura que mantém acesas as lareiras da alma.”
Mais do que um livro de estreia, O Tempo Não Faz Perguntas é uma declaração de escuta. Pedro Manoel Osório escreve como quem recolhe ecos, como quem transforma o ruído do mundo em ritmo. Seus poemas não gritam — sussurram. E nesse sussurro, há uma força que não se impõe, mas permanece.
A edição tem 80 páginas, está disponível na banca 35 da Editora AGE durante toda a Feira. No dia do lançamento, estará à venda na Banca dos Autógrafos. O valor de lançamento é R$ 37,60.
SERVIÇO
O quê: Lançamento e sessão de autógrafos do livro O Tempo Não Faz Perguntas, de Pedro Manoel Osório Quando: 9 de novembro, domingo, às 16 horas