Domingo, 28 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 3 de outubro de 2021
Pela primeira vez na história, a maioria da população mundial pode esperar viver 60 anos ou mais. Quem diz disso é o Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa nova realidade traz novos desafios, como lidar com problemas de saúde típicos da velhice.
A perda de audição é a terceira maior prevalência de condição crônica em idosos, ficando atrás apenas da artrite e da hipertensão arterial.
Um estudo feito na Universidade John Hopkins, em Baltimore, nos EUA apontou que idosos que sofrem de perda auditiva experimentam uma taxa mais rápida de encolhimento do cérebro, além de terem um risco maior de demência, quedas, internações e problemas de saúde mental.
“Diversos estudos confirmam que a falta de estímulo sonoro é uma das causas do declínio mental verificado nos idosos. Ouvir é uma maneira de exercitar os neurônios, se essa função não é mais realizada como anteriormente, desaprendemos a conversar, a nos expressar e, consequentemente, registrar aprendizados e memórias. Por estes motivos, frequentemente, a perda de audição provoca isolamento social, perda da autoestima, ansiedade e depressão. Fatores esses que frequentemente se associam aos casos de demência”, explica Ricardo Jacob de Macedo, médico otorrinolaringologista.
Tratar a perda auditiva é uma forma de prevenir o aparecimento ou retardar o progresso da demência.
“Uma vez que o indivíduo é diagnosticado com deficiência auditiva e não trata, ele para de estimular o cérebro. Por isso, a importância de utilizar um aparelho auditivo. Além de trazer mais qualidade de vida para a pessoa, ele vai estimular o nervo auditivo, evitando consequências como o aparecimento de outras doenças, a demência é uma delas”, conta Fábio Heleno, fonoaudiólogo da Ouvirtec.
Aos primeiros sinais de perda auditiva, a pessoa deve procurar um médico otorrinolaringologista para fazer um diagnóstico completo. Caso seja indicado o aparelho auditivo, o paciente pode recorrer a lojas que vendam o instrumento.
Aparelho
Os aparelhos auditivos têm evoluído tornando-se mais sofisticados com o avanço da tecnologia, oferecendo cada vez mais conforto e interatividade para quem os utiliza. Com a perda de audição no envelhecimento, essa tecnologia ganha ainda mais utilidades.
Os tipos de aparelhos auditivos, com os seus diferentes tamanhos e especificações, funcionam basicamente da mesma maneira. Mas, antes de entender como funcionam esses instrumentos que amplificam as ondas sonoras, é indispensável saber como atuam no sistema auditivo humano.
Abaixo, veja como atua o sistema de audição do corpo humano e a tecnologia do aparelho auditivo.
O sistema auditivo é dividido em três partes: o ouvido externo, o médio e o interno. A causa da perda de audição se encontra em uma dessas regiões. A partir de um exame auditivo (audiometria), o diagnóstico audiológico é definido e os fonoaudiólogos identificam o modelo de aparelho mais apropriado para cada paciente.
Todo aparelho auditivo é composto por microfone, amplificador e receptor. O conjunto desses três componentes tem a função de melhorar a amplificação sonora e entregar os sons ao paciente que antes não os escutava.
O microfone capta o som do ambiente externo, que é processado e enviado ao amplificador, cuja função é aumentar a potência dos sinais. Por meio do receptor, as ondas são direcionadas ao ouvido. No ouvido interno, os sons se transformam em impulsos elétricos e são enviados para o cérebro.
Com o avanço dos aparelhos auditivos, muitos acessórios são especificamente desenvolvidos para evitar problemas, como ruídos do ambiente. Além do mais, hoje, já é possível adquirir uma gama de acessórios para aparelhos auditivos, a fim de ganhar mais conforto e conectividade com as tecnologias do dia a dia.
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