Sábado, 08 de novembro de 2025

Pesquisadores criam gel capaz de reparar danos causados pelo infarto

Pesquisadores da Universidade de Manchester, localizada na Inglaterra, criaram um gel biodegradável capaz de reparar os danos causados pelo infarto a milhões de pessoas ao redor do mundo. Somente no Reino Unido, há cerca de 1,4 milhões de sobreviventes de ataques cardíacos.

Após passar por um infarto, o coração tem mais chance de desenvolver insuficiência cardíaca e outros problemas de funcionamento, dada a dificuldade do órgão de se regenerar. Após anos de pesquisas, os estudiosos produziram a substância em gel a a partir de peptídeos, estruturas celulares formadas na ligação entre duas ou mais moléculas de aminoácidos. A novidade, segundo os pesquisadores, pode ser injetada diretamente no coração pulsante e ajuda na regeneração do tecido muscular.

Avanço no tratamento e pesquisas futuras

Até agora, o risco de insuficiência cardíaca podia ser reduzido a partir de um tratamento que injetava células no coração, mas que tinha uma taxa de apenas 1% das células que sobreviviam no órgão. A expectativa é que, com o gel, esse número seja bem maior.

“Embora ainda seja cedo, o potencial dessa nova tecnologia de ajudar a reparar corações fracos é enorme”, disse Katharine King, que liderou a pesquisa apoiada pela British Heart Foundation (BHF), ao The Guardian. “Estamos confiantes de que este gel será uma opção eficaz para futuras terapias baseadas em células”, completou Katharine.

A eficácia da tecnologia foi verificada por meio de testes com o tecido do músculo cardíaco. Quando os pesquisadores acrescentaram as células humanas reprogramadas para se tornarem células do músculo cardíaco no gel, elas foram capazes de crescer dentro de três semanas e começaram a bater espontaneamente junto com o órgão.

Ecocardiogramas (ultrassons do coração) e eletrocardiogramas (que medem a atividade elétrica do coração) em camundongos confirmaram a segurança do gel. Para obter mais conhecimento, os pesquisadores ainda testarão o produto em camundongos que tiveram um ataque cardíaco, para mostrar o desenvolvimento do novo tecido muscular. Se os benefícios forem comprovados novamente, a próxima etapa será os testes em pacientes.

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