Segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Petrobras faz nova descoberta de petróleo na Bacia de Campos

A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (17) a descoberta de petróleo de alta qualidade em uma área do pós-sal na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro.

O petróleo foi identificado no bloco Sudoeste de Tartaruga Verde, em um poço exploratório localizado a 108 quilômetros da costa de Campos dos Goytacazes (RJ), em uma área com 734 metros de profundidade.

O pós-sal é a camada de rochas situada acima do sal, onde o petróleo está em profundidades menores e costuma ser mais simples de extrair. Já o pré-sal fica abaixo de uma espessa camada de sal, em regiões muito mais profundas, concentrando grandes volumes de petróleo de alta qualidade.

Segundo a estatal, a perfuração já foi concluída, e os primeiros testes, que envolveram análises elétricas, indícios de gás e coleta de fluidos, confirmaram a presença de óleo.

Agora, o material será enviado para análise em laboratório, etapa que permitirá avaliar a qualidade do reservatório e estimar o potencial de produção da área.

O bloco Sudoeste de Tartaruga Verde foi adquirido pela Petrobras em 2018, durante a 5ª Rodada de Partilha de Produção, com a Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA) como gestora do contrato. A Petrobras opera o bloco com 100% de participação.

A Bacia de Campos é uma área marítima entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo que abriga alguns dos principais campos de petróleo do País. Por décadas, foi uma região estratégica para a Petrobras, responsável por uma parcela significativa da produção nacional.

Mesmo com o avanço do pré-sal, a região segue como um polo relevante para exploração e desenvolvimento de novos poços.

Novas explorações

A descoberta anterior da estatal ocorreu no pré-sal da Bacia de Santos, em maio. O poço fica no bloco Aram, a 248 quilômetros da cidade de Santos (SP), em uma área com 1.952 metros de profundidade. Foi a segunda descoberta de petróleo de alta qualidade no mesmo bloco da Bacia de Santos somente neste ano.

O avanço na Margem Equatorial marca o capítulo mais recente e relevante da exploração de petróleo pela Petrobras.

Em outubro, a companhia recebeu do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) a licença para perfurar um poço exploratório em águas profundas na região da Foz do Amazonas.

Segundo o Ibama, a licença foi emitida após uma série de melhorias no projeto da Petrobras. A empresa afirma ter comprovado a “robustez de toda a estrutura de proteção ambiental” que será utilizada na perfuração.

A Petrobras também ressaltou que novas fronteiras de exploração são essenciais para “garantir a segurança energética do País e os recursos necessários para uma transição energética justa”.

O bloco FZA-M-059 está localizado a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas e a 175 km da costa, em uma área de mar aberto. A perfuração deve começar de imediato e tem previsão de durar cinco meses.

A expectativa é de que a área possa se tornar um “novo pré-sal”, com reservas capazes de sustentar a produção de 1,1 milhão de barris por dia — volume superior ao dos dois maiores campos atuais. Tupi produz cerca de 1 milhão de barris por dia, e Búzios, 800 mil.

No entanto, o projeto enfrenta críticas de ativistas por envolver riscos ambientais em uma região sensível e pouco estudada e pela possível ameaça às comunidades que dependem da pesca.

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