Sábado, 05 de julho de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 19 de maio de 2022
A farmacêutica Pfizer afirmou que está “atuando” para que dados que comprovam o aumento de anticorpos após dose de reforço da vacina da covid em crianças de 5 a 11 anos sejam analisados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O imunizante da farmacêutica contra a doença foi autorizada para uso pediátrico, no Brasil, em dezembro do ano passado com duas doses.
O anúncio surgiu na esteira de uma decisão da última terça-feira (17) da Food and Drug Administration (FDA) agência reguladora de medicamentos nos Estados Unidos que autorizou a inoculação de uma dose extra cinco meses após a segunda aplicação do imunizante.
A farmacêutica não indicou data de quando encaminhará o dossiê com as informações aqui no Brasil nem marcou ainda uma reunião com o órgão regulador brasileiro. A empresa afirma que deseja que “os dados (dos estudos com as crianças) sejam analisados também pelas agências regulatórias de outros países”.
As informações que a farmacêutica quer enviar à Anvisa dizem respeito a um estudo com 4,5 mil meninos e meninas em que uma dose de reforço foi responsável por “gerar anticorpos neutralizantes contra a variante ômicron e vírus Sars-CoV-2”. Dados preliminares apontam que a dose de reforço é capaz de aumentar o índice de anticorpos em 36 vezes.
No rito da agência reguladora brasileira, vale dizer, os dados até podem ser avaliados de maneira preliminar, em reuniões de pré-subimissão, mas é preciso que a farmacêutica entre com o pedido de uso de maneira formal para que a agência dê seu parecer oficial sobre o tema.
OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, nesta quinta-feira (19), o uso emergencial da Convidecia, vacina contra a covid produzida pela farmacêutica chinesa CanSino Biologics. A vacina não é usada no Brasil.
Segundo a OMS, a Convidecia demonstrou ter 64% de eficácia contra a versão sintomática da doença e 92% contra quadros graves.
O imunizante é baseado em um adenovírus humano modificado que expressa a proteína spike do coronavírus, que ele usa para infectar as nossas células. Assim como o produto desenvolvido pela Johnson – que é aplicado no Brasil –, a vacina da CanSino é administrada em dose única.
O comitê de especialistas em vacinas que aprovou o imunizante recomendou uma dose de 0,5mL em todas as faixas etárias acima de 18 anos.
A Convidecia é a décima primeira vacina a receber aprovação de uso emergencial pela OMS. Veja quais são as outras:
— Pfizer (usada no Brasil);
— Vaxzevria, versão da Oxford/AstraZeneca;
— Covishield, versão da Oxford/AstraZeneca (usada no Brasil);
— Johnson (usada no Brasil);
— Sinovac/CoronaVac (usada no Brasil);
— Moderna;
— Sinopharm;
— Covaxin;
— Covovax;
— Nuvaxovid.