Segunda-feira, 29 de setembro de 2025
Por Redação do Jornal O Sul | 7 de janeiro de 2024
O piloto Sérgio Roberto Alonso, de 74 anos, morreu no sábado (7), após avião de pequeno porte que pilotava cair entre Lençóis Paulista e Areiópolis, no interior de São Paulo, pouco depois das 14h. Sérgio também era advogado, e chegou a atuar no caso Marília Mendonça, em 2021.
Na ocasião, Sérgio atuou como advogado da família de Geraldo Martins de Medeiros, piloto da aeronave que levava a cantora Marília Mendonça e caiu em novembro de 2021, perto de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais. Os dois e todos os outros que também estavam a bordo morreram: o produtor Henrique Ribeiro, seu tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho e o copiloto do avião, Tarciso Pessoa Viana. Em outubro do último ano, ao concluir a investigação sobre o acidente aéreo, a Polícia Civil de Minas Gerais afirmou que os pilotos da aeronave agiram com “imprudência e negligência”.
Antes, em maio, foi divulgado o relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB), sobre o acidente aéreo, que confirmou que o avião caiu após colidir com um cabo de energia da Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig). Para Sérgio, à época, o documento atestava a responsabilidade da Cemig no acidente, apesar de também apontar “avaliação inadequada” por parte do comandante do bimotor.
Especialista em direito aeronáutico e em direito internacional, Sérgio também era membro da Sociedade Brasileira de Direito Aeronáutico e Espacial, com experiência nos ramos dos direitos do trabalho, aeronáutico e agência reguladoras, além de ser sócio do escritório Riedel de Figueiredo e Advogados Associados.
Fabricado em 1982, o planador que Sérgio pilotava é um modelo ASW20 da empresa Alexander Schleicher e tem capacidade para uma pessoa. Além disso, a aeronave só tem uso permitido para voos privados de instrução, segundo o registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
A Polícia e Anac investigam os motivos do acidente.