Sábado, 04 de outubro de 2025

Pix: Banco Central passa a bloquear chaves utilizadas em golpes e fraudes

O Banco Central (BC) informou que passará a bloquear, a partir deste sábado (4), as chaves Pix marcadas pelas instituições participantes como utilizadas para golpes e fraudes.

De acordo com a instituição, esse mecanismo, que foi discutido durante reunião do Fórum Pix realizada nesta quinta-feira (2), visa fortalecer a segurança do sistema de transferência de recursos.

A autoridade monetária explicou que as instituições financeiras marcam o CPF/CNPJ, e a chave Pix, do usuário sempre que houver uma fundada suspeita de fraude envolvendo esse usuário.

“Após a marcação, não poderão ser iniciadas e nem recebidas transações através de contas desse usuário. Além disso, o banco pode rejeitar o pedido de registro de novas chaves Pix, caso o usuário já tenha outra chave ou CPF/CNPJ com marcação”, explicou o BC.

Nesta semana, as instituições financeiras passaram a disponibilizar, no ambiente Pix de seus aplicativos, uma funcionalidade (botão de contestação) para que uma transação possa ser facilmente contestada, sem a necessidade de interação humana.

Se o Pix foi rejeitado pelo banco do recebedor (ou seja, o Pix nem foi concluído): o banco recebedor (onde o suposto fraudador tem conta) pode criar a marcação e não é necessário que o banco do pagador aceite a notificação,
Se o PIX foi efetivado: se a intenção for apenas marcar o fraudador, ou seja, não foi acionado o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para devolver o valor ao pagador, o banco recebedor (onde o suposto fraudador tem conta) cria a marcação e não é necessário que o banco do pagador aceite a notificação.

“Se a intenção for devolver os recursos à vítima (caso que envolve o Mecanismo Especial de Devolução): banco do pagador (onde a suposta vítima tem conta) cria a notificação de infração para solicitação de devolução e o banco do fraudador (banco recebedor onde o suposto fraudador tem conta) terá que confirmar a notificação, conforme procedimentos/prazos do MED”, acrescentou o Banco Central.

Segundo o Banco Central:

– a marcação é feita por meio da criação de uma notificação de infração nos sistemas do BC;
– todas as instituições participantes do Pix têm acesso às notificações de infração (na consulta de chave ou CPF/CNPJ), incluindo a quantidade de notificações que ainda estão em análise. As instituições conseguem consultar as notificações do mês no qual a consulta é realizada e mais as notificações dos últimos 60 meses; e
– os bancos usam essas informações para autorizar, rejeitar, reter ou bloquear transações, mas também para prevenir fraudes, inclusive se a transação tiver sido rejeitada.
– caso seja feita uma marcação indevida a instituição é responsável por excluir a marcação. Para informações sobre marcações o cliente deve fazer contato direto com sua instituição de relacionamento.

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